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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Espiral do silêncio - Parte 3


Dando continuidade ao assunto Espiral do Silêncio, gostaria de dedicar algumas linhas para apontar como o Estado se baseia na opinião pública. Percebo muito, principalmente agora em tempos de eleições, que as propostas políticas se baseiam mais na opinião pública que no que deve ser feito de fato.

Para ganhar o eleitor, o político discursa em cima do que a população gosta de ouvir. Para isso eles se baseiam na opinião pública.

David Hume tem um importante trabalho sobre o assunto – Tratado da natureza humana – no qual diz que o ser humano vai se moldando conforme as opiniões que o circundam, assim, “a opinião é essencial para os assuntos de estado”. Ainda de acordo com o pensador, “o poder concentrado de opiniões semelhantes mantidas por pessoas particulares produz um consenso que constitui a base real de qualquer governo”.

Pesquisas de opinião
Você já deve ter reparado que em épocas eleitorais, as pesquisas de opinião não podem ser mais divulgadas a partir de determinada data. Na verdade nem deveriam existir, mas já que existem devem ser mascarada. Vou explicar melhor o porquê; e tem tudo a ver com a Teoria do Espiral do Silêncio.

De acordo com a teoria, as pessoas tende a acompanhar a opinião da maioria, em especial quando não têm uma opinião formada. Daí, a importância das pesquisas políticas. Elas representam uma pequena, quase nula, opinião pública. Por exemplo, em São Paulo, com milhões de eleitores, essas pesquisas entrevistam mil, duas mil pessoas. Aquelas que ainda não tem opinião sobre o candidato irá acompanhar a pesquisa e votar naqueles que estão na ponta.

Os indecisos tenderão a seguir a maioria “vencedora”. Por isso, as pesquisas de opinião nas eleições têm fortes influências sobre os resultados. Principalmente em países de “analfabetos políticos”, que eu posso até exemplificar com o próprio Brasil.

Pontos divergentes da hipótese
Alguns pesquisadores e estudiosos realizaram vários testes para confirmar ou refutar a teoria da Espiral do Silêncio, dos quais podemos ressaltar os resultados mais importantes.

Em 1990 Tony Rimmer e Mark Howard realizaram um estudo no sul de Indiana e iniciaram com três hipóteses.

1. Quem utiliza mais a mídia sabe avaliar melhor a opinião das pessoas do que aquelas que utilizam menos a mídia
2. Quem utiliza mais a mídia saberia dizer melhor se está ou não acompanhando o pensamento da maioria
3. A importância de um fato é mais relevante, ou não, que a divulgação da mídia

Os estadunidenses avaliaram um problema local e entrevistaram 348 pessoas. Para surpresa, foi constatado que as pessoas que utilizam as mídias em médio nível eram as que conheciam melhor a opinião dos outros e sabiam melhor o seu posicionamento frente às demais opiniões. Contrariando assim a hipótese da Espiral do Silêncio.

No entanto o estudo levantou alguns dados importantes. Mostrou que os leitores de jornais conhecem melhor a realidade que os telespectadores. Outra observação importante é que a comunicação intrapessoal deixa a pessoa com uma melhor avaliação de sua própria opinião em relação ao todo. Quem tenta realisar essa autoavaliação somente com ajuda das mídias tentem a se enganar mais.

Os pesquisadores também perceberam que na Europa é feita uma leitura muito mais crítica que nos Estados Unidos.

Para Mauro Wolf, a principal contribuição da teoria de Elisabeth Noelle-Neumann é perceber que os mídia não servem apenas para “representar as tendências de opinião pública, mas que, ao contrário, lhes conferem concretamente forma e desenvolvimento”.

A teoria revela-se rica em alternativas de estudo, apesar de contravertida. Como Clóvis de Barros Filho levanta.

Já Charles Salmon e Gerald Kline ressaltam que a teoria não evidencia até que ponto o medo ao isolamento faz um sujeito se posicionar sobre determinados temas.

Bem, se sabemos que a mídia não é uma agulha hipodérmica, também não é inofensiva. A teoria da Espiral do Silêncio, apesar das controvérsias, trouxe novos pontos importantes para os estudiosos da relação mídia-público-sociedade.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Espiral do Silêncio - Parte 02

Continuando os textos sobre a teoria da Espiral do silêncio, vamos agora explicar um pouco melhor o porquê deste nome.


A Espiral
Assim como uma figura espiralada, a construção da realidade que nos cerca é construída aos poucos e está em constante mudança. Novos assuntos, novos pontos de vista são apresentados a cada momento e assim construímos nossa realidade.

Com bases da Teoria do Agenda Setting, Elisabeth Noelle-Neuville percebe que novos assuntos nos são apresentados, em ritmo eternamente a se estreitar. Assim, uma opinião cada vez mais isolada tende a ser ainda mais não manifesta.

Algumas pesquisas realizadas ao redor do mundo apontam que quanto mais informada mais disposta está a pessoa a se manifestar sobre um assunto. Normalmente, reproduzindo opiniões de especialistas e líderes de opinião.

No entanto, levando em consideração aspectos sociais e culturais, em algumas sociedades a teoria é sustentada apenas parcialmente. O medo às autoridades, a apreensão ao que foi comunicado, conhecimento prévio do assunto e as próprias diferenças culturais moldam a expressão de opinião dos indivíduos.


Knowledge Gap
Ainda sobre a Espiral, se há uma mídia que faz o Agenda Setting, certamente, ela também dará um enfoque. Para cada tema, cada tópico da agenda, o veículo dará o seu enfoque a sua visão do assunto. No entanto para discutirmos qualquer assunto, nos sentimos mais à vontade quanto melhor o conhecemos.

Um indivíduo terá maior ou menor disposição para discorrer sobre qualquer tema conforme tenha mais ou menos conhecimento sobre tal. Se você pedir minha opinião sobre o time atual do São Paulo, certamente lhe darei uma resposta bem completa. Se me perguntares sobre o time atual do São Caetano, não terei muito o que dizer.

Nosso conhecimento macrossocial é construído em intervalos de conhecimento de absorção de informação obtida por grupos bem ou mal preparados. A absorção de informação também depende do grau de instrução e nível socioeconômico do receptor.

Podemos resumir dizendo que as pessoas mais instruídas são menos influenciáveis aos meios de comunicação, já que possuem mais fontes de informações.

A Teoria do Knowledge Gap ainda contém inúmeras outras variáveis, por isso, dificilmente pode ser comprovada. Há muitos estudiosos que sequer a consideram, por isso, prefiro não me aprofundar. Vamos voltar a focar outros aspectos da Espiral do Silêncio.

O silêncio
Está meio confuso? Vamos exemplificar. Certamente na escola você já ouviu a professora perguntar “alguém tem alguma dúvida” e mesmo não entendendo nada, você não levantou a mão porque não queria ser o único. Outro exemplo fácil de comprovar. Pergunte a qualquer mulher que pouco entenda de futebol qual o maior jogador de todos os tempos. Sem titubear ela responderá Pelé – a não ser que seja argentina aí ela deve responder Maradona – mas o que ela vai manifestar é o que ouve ao redor. Ela nunca se aprofundou sobre o assunto para responder com tanta convicção;

Tomamos por certo o que pensamos que a maioria pensa. Como exemplo mais recente, podemos averiguar o que nossos amigos pensam sobre o governo de Lula – tirando os partidários, filiados, etc. Sabemos que Lula foi o presidente mais popular do país, assim, certamente poucos criticarão seu governo. Mesmo os que o fizerem farão com respaldos, pois não querem estar contra a opinião da maioria.

Se pensamos que a mídia não influencia nosso pensar, devemos pensar da seguinte forma. Fazer exercícios físicos uma vez ao dia molda o corpo. Comer mal frequentemente também. Ler e escrever uma ou duas horas por dia molda nosso pensar. E assistir televisão duas ou três horas por dia não vai mudar nossa visão de mundo? Passar horas a fio no computador não vai mudar nossa percepção de sociedade? É evidente que sim. E isso tem tudo a ver com esta teoria

Para Elisabeth Noelle-Neumann o medo do isolamento é mais forte que o medo do julgamento. De acordo com estudos realizados, a maioria das pessoas acomoda-se com o que pensam ser a tendência de opinião da maioria.

Acredito que no próximo texto concluiremos o assunto. Trata-se de uma teoria muito bem aceita e abordada pelos centros acadêmicos. Também já respondi algumas questões de concurso público sobre o assunto, por isso, se aprofunde no tema.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Espiral do silêncio - Parte 01


Uma das hipóteses científicas sobre Comunicação de maior sucesso é a chamada “espiral do silêncio” desenvolvida em 1972 pela alemã Elisabeth Noelle-Neumann. Trata-se de um conceito amplamente aceito e estudado nos centros acadêmicos; não só na área de Comunicação, mas pela psicologia, antropologia e diversos outros campos.

Segundo os estudos da alemã, em certas ocasiões as pessoas se sentem acuadas, com medo de manifestar sua opinião, especialmente quando a opinião parece ser contrária ao que a maioria pensa; ou contrária ao que a pessoa acha que a maioria pensa. O medo do isolamento social nos leva a seguir o que a maioria faz, fala ou pensa. Por isso, em determinadas ocasiões o sujeito manifesta uma opinião que na verdade não está realmente formada e até contrária ao que ele mesmo de fato acredita.

Elisabeth tomou como ponto de partida os conceitos de percepção seletiva e acumulação – que estavam sendo colocados em evidência pelos estudiosos da hipótese do Agenda Setting.

Pesquisando pesquisas
Os mais pedantes perdoem-me pela expressão, mas os estudos se iniciaram quando a alemã analisava algumas pesquisas do Instituto Allensbach sobre a visão dos alemães sobre as qualidades do próprio povo alemão.

Ela percebera algumas oscilações nas respostas bem curiosas. Em vinte anos – 1952-1972- a visão negativa sobre os alemães (como explicado acima, por eles mesmos) subira de 4%  para 20%. Em apenas quatro anos a percentagem caíra para 14% e, o mais incrível, em alguns meses subira para 22%.

Foi quando Elisabeth resolveu estudar os programas televisivos veiculados neste período. Foi o ponta pé inicial de sua nova teoria. Confirmando que as mídias de fato influenciavam sobre “o quê pensar”, como levantado nos estudos sobre o Agenda Setting.

Ficou comprovado que a influência da mídia sobre o pensamento da massa não era tão tênue. Talvez não fosse tão forte como propunha a teoria da Agulha Hipodérmica, mas a médio e longo prazo, realmente era perceptível.

Inúmeros estudos foram realizadas pela alemã para desenvolver sua ideia.

Pressupostos
Segundo a própria pesquisadora, o mais interessante em sua nova teoria é a capacidade das pessoas constatarem o que ela batizara de “clima de opinião”. Ou seja, ao perceberem o que a maioria pensa – ou aparentemente a maioria pensa – a primeira reação é se calar para depois se adaptar e até mudar de opinião, para seguir a maioria.

A obra Teorias da Comunicação. Conceitos, escolas e tendências destaca como os principais pressupostos desta teoria:
1. A sociedade ameaça os indivíduos desviados com o isolamento
2. Os indivíduos estão sempre com medo de ficarem isolados
3. É este medo que leva os indivíduos a tentarem, constantemente, avaliarem o “clima de opinião”.
4. O que os indivíduos perceberem neste “clima de opinião”  irá influenciar seu comportamento, principalmente na expressão pública, fazendo-os se calarem ou até expressarem opiniões contrárias às suas próprias convicções.

Próximos posts
Acredito que serão necessários mais uns dois posts sobre o assunto para termos uma noção mais clara sobre esta inteligente teoria. Acredito que até o início de julho outros dois textos serão publicados.

sábado, 2 de junho de 2012

Communication research e Agenda Setting

Antes de iniciar nosso estudo sobre o Agenda Setting, vamos dar uma pincelada na conhecida Communication Research.

Os estudos sobre comunicação até meados dos anos 60 e início dos anos 70 procurava entender os processos comunicacionais com teorias que buscavam se superar, em conceitos fechados. Uma negava a outra. Elas eram excludentes. Mas no começo dos anos 70 alguns estudiosos dos Estados Unidos passaram a entender os processos comunicacionais como algo mais complexo e que para ser compreendida, era necessária uma visão mais abrangente.

Os estudiosos Maxwell McCombs e Donald Shaw diziam que a mídia tem a capacidade de influenciar a projeção dos acontecimentos na opinião pública, estabelecendo um ambiente montado, fabricado, pelos meios de comunicação.

Agora não se discute que os media querem persuadir, mas apresentam à sociedade os assuntos sobre os quais devemos discutir, opinar, comentar...

Agenda Social
Para entender um pouco melhor este conceito, só relembro que agora estamos falando de hipóteses e não de teorias - pois estas, escrevi acima, se excluem. Enquanto hipóteses podem ser sempre melhoradas - o que já é uma grande renovação nos estudos sobre Comunicação Social.

A ideia aqui é entender como funciona a "agenda social". Em recente post, cheguei a dizer que a Globo é o Agenda Setting do Brasil justamente por este poder que a empresa tem de gerar assunto, temas, os quais podemos iniciar conversas com qualquer pessoa, mesmo as desconhecidas.

O livro Teorias da Comunicação em Jornalismo traz uma boa explicação sobre o assunto. Na antiga Grécia, logicamente em Atenas, os cidadãos se reuniam para debater assuntos referentes sobre a Pólis (cidade), daí o nome de políticos.

Os temas eram variados, mas tinham em comum a referência com a cidade e seus habitantes, e o interessante é que os temas mais comuns eram sobre as vidas dos mais ilustres cidadãos, sobre os atletas atenienses, ou sobre as próximas festas, por exemplo. Muito semelhante ao que ainda toma boa parte de nossas conversas hoje.

Pressupostos
Podemos então, entender que a hipótese do Agenda Setting refere-se à nossa agenda social, à fixação de assuntos os quais qualquer um pode iniciar uma conversa com qualquer outro.

O pressuposto principal é que a compreensão que temos da realidade, nos é imputada pela mídia.
  • Fluxo contínuo: a comunicação não é um processo fechado. Estamos sujeitos a um fluxo de informações gigantesco desde acordarmos até o deitar e seria impossível guardarmos tudo, selecionamos, mesmo que inconscientemente, somente os principais fatos e assim podemos desprezar informações que julgamos sem importância.
  • Influência a médio e longo prazo: mais uma vez contrariando as antigas teorias, agora os estudiosos passam a entender que a comunicação não traz efeitos imediatos ao cidadão.
  • O que pensar: percebeu-se que a mídia não necessariamente influencia diretamente sobre como pensar, mas, puramente pode controlar sobre o que pensar.
A hipótese do agenda-setting seria uma central de temas e de conhecimentos parciais, que podem ser organizados e integrados numa teoria geral sobre a mediação simbólica e sobre os efeitos de realidade exercidos pela mídia.

O meio e a mensagem
Para os estudiosos desta teoria, dois fatores são fundamentais para definir o grau de importância que determinado assunto, ou tema, ganha na vida daquela sociedade.

Estabeleceu-se basicamente, dois fatores determinantes: o meio e o conteúdo. De acordo com estudos e pesquisas, o meio escrito, por exemplo, tem mais influência que o televisivo. O conteúdo divulgado também determina o grau de importância na "agenda social" das pessoas.

Mais do que poderíamos imaginar a priori, os estudos sobre o Agenda Setting são bem variados e se aprofundam em diversas áreas, por isso recomendo uma leitura mais detalhada e atenciosa sobre o assunto, diga-se de passagem, bem presente nos concursos públicos.

Referência:
Autor: Barros Filho, Clovis de; Tavares Paes Lopes, Felipe; Peres Neto, Luiz
Editora: Saraiva

Organizadores: Antonio Hohlfeldt, Luiz C. Martino e Vera Veiga França
Editora: Vozes

Autor: Mauro Wolf
Editora: Presença

sábado, 12 de maio de 2012

Pensamentos franceses sobre comunicação

Ao contrário do que aconteceu na Alemanha e Estados Unidos, não podemos dizer que na França existiu uma escola, no sentido, de Comunicação. O que a maioria dos autores levantam são os principais pensamentos de estudiosos franceses.

Trata-se de pessoas com pensamentos tão diferentes quanto intrínsecos. Seria uma raiz dos pensamentos alemães, mas que também têm alguma influência estadosunidense.

Podemos dividir a visão francesa sobre a comunicação em três categorias. A comunicação como fenômeno de dominação. A comunicação como fenômeno extremo. A comunicação como vínculo social.

Livro recomendado para leitura
Pensadores
Para Roland Barthes, a comunicação de massa poderia neutralizar o homem, que estimulado, lutaria contra o processo de dominação, para chegar à liberdade social.

Para Barthes, a ideologia dominante usa palavras cotidianas para exercer seu domínio. Em seus estudos há grande peso para dois pilares SIGNIFICANTE-SIGNIFICADO e DENOTAÇÃO - CONOTAÇÃO.

Para outro pensador francês, Regis Debray, a mídia criara a chamada geração de isolamentos. A lógica da aceleração comprime o tempo, suprime o espaço e ainda elimina a distância. Com isso, a privacidade se perde e o mistério desaparece.

Edgar Morin, um dos mais conhecidos pensadores franceses, publicou uma série de pensamentos cheios de paradoxos como “a mídia alimenta o mundo, que se alimenta da mídia”, ou “o imaginário move os homens que, por sua vez, criam os imaginários”.

Outro influente pensador Pierre Levy viu na internet a morte da tradicional pirâmide comunicacional um-todos pelo sistema todos-todos. Aos poucos, na comunicação desapareceriam o autor, o sujeito e até o emissor, pois segundo ele, quando todos são emissores não há emissor.

Podemos identificar Pierre Levy como um dos mais influentes pensadores sobre cibercultura e tendências pós modernas de comunicação.

De fato, muitos são os estudiosos em comunicação moderna que percebem uma nova tendência da comunicação, onde não é mais possível identificar um único emissor. Com a internet, a interação entre os navegadores tornam a informação cada vez mais “completa” ou mais “complexa”, tornando quase impossível apontar um único emissor e até mesmo o receptor, por isso Levy defendia o termo emissor-receptor para todos.



Conclusão
A Babel francesa não nos permite traçar um perfil centralizador e catalisador de seus pensadores, devido a variação de pensamentos e de ideologias. Seria laborioso e entediante decorrer sobre todos os ramos dos pensamentos franceses.

Recomendo, aos que estudam para concurso ou pretendem se aprofundar no assunto, que levantem os principais pensadores franceses e estudem suas teorias em separado, uma vez que não possível formar uma unidade de pensamento.

Principais pensadores
Pierre Bourdieu, Georges Friedmann, Edgar Morin, Guy Debord, Paul Virílio, Michel Maffesoli, Jean Baudrillard, Lucien Sfez, Jacques Derrida, Dominique Wolton, Pierre Levy, Regis Debray, Claude Levi-Strauss, Roland Barthes, Michel Foucault, Gilles Deleuze, Serge Hamili, Henri Lefebvre, Jean-François Lyotardt.

Principais obras
A sociedade do Espetáculo de Guy Debord
A antropologia Estrutural de Claude Levi Strauss
O Curso de lingüística Geral de Ferdinand de Saussure
Apocalípticos e Integrados de Umberto Eco;
Système de la mode e Mytologies de Barthes;
Lire Le Capital de Louis Althusser;
As palavras e as coisas e Vigiar e Punir de Foucault.
Posicion contre le technocrates de Henri Lefebvre
O Espírito do Tempo de Morin

Sobre a televisão de Bourdieu



domingo, 25 de março de 2012

Escola de Frankfurt - Parte 02

Espero que esta postagem o ajude a tirar algumas dúvidas e faça aumentar ainda mais sua paixão pela Comunicação.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, os pensadores alemães Horkheimer e Adorno se refugiaram nos Estados Unidos e puderam perceber que apesar do regime democrático, todas as formas de governo tinha tendências autoritárias.

Segundo Adorno, a indústria adapta seus produtos para serem consumidos pela massa e alimentam este consumo; ou seja, os produtos da indústria cultural não são originais do povo, mas o gosto popular é que é originado desta indústria.

Iluminismo
Para entender um pouco melhor os pensadores da época precisamos entender o momento histórico e o iluminismo faz parte de tudo isso.

Segue links para melhor entender o Iluminismo, pois não cabe este blog as explicações detalhadas: texto resumido, apresentação em slides (bem objetivo), trabalho sobre o iluminismo marxista.

O que mobiliza a população, nas sociedades "capitalistas avançadas", é o consumo ao que chamam de indústria cultural necessário para manter sistema econômico. As comunicações deixam de ser vistas como libertadoras e passam a ser vistas como mais um eixo amarrado à grande corrente social.

Adorno e Horkheimer percebem que o crescimento econômico oferecia um mundo mais justo, mas por outro lado, oferece a um pequeno grupo um poder imenso sobre a maioria.

As previsões iluministas humanistas não ocorrem na Europa (e em nenhum lugar do mundo), pois o desenvolvimento social, científico e industrial não trouxeram ao homem a liberdade e a felicidade esperadas. Pelo contrário, diz Adorno, aprisionou o homem nas inovações tecnológicas. O homem passou a ser alienado com o mundo.


Indústria Cultural
Os meio de comunicação de massa tiveram papel importante nessa alienação humana. A reprodução cultural tirou o valor da cultura popular e erudita, segundo os frankfurtianos. A reprodução em escala das obras artísticas, acaba nivelando por baixo as obras.

Exemplo dessa adaptação ao consumo, "O corcunda de Notre Dame" ganhou uma versão mais "sutil" pela Walt Disney. Para os pensadores da corrente de Frankfurt, essa adaptação deixa o homem mais conformado, alienado. A obra não instigava como o autor queria. As obras adaptadas não davam ao homem uma conscientização social, pois a adaptação servia justamente para deixar os leitores na "zona de conforto social".

Para os pensadores de Frankfurt, a indústria cultural tem basicamente três objetivos: ser comercializado, diminuir (degradas) o gosto popular e pacificar (alienar) os consumidores.

A Industria Cultural degrada o gosto popular porque deseja vender seu produto, portanto não é "comercial"  vender produtos polêmicos ou de difícil entendimento, assim a visão crítica deixa de existir.

Próximo(s) post(s)
É, o assunto não não esgotou e acredito que ainda serão necessários mais um ou dois posts sobre o assunto. Ainda quero comentar um pouco sobre a Cultura Pop, a visão da Escola de Frankfurt sobre a esfera pública e alguns pensamentos de outros estudiosos e até críticas à visão frankfurtiana.

Links
Escola de Frankfurt - Parte 01
Teorias da Comunicação - Ivan Carlo Andrade de Oliveira
Teorias da Comunicação - Mauro Wolf

sábado, 17 de março de 2012

Escola de Frankfurt de Comunicação

O filósofo alemão Max Horkheimer
Este post se dedicará a uma introdução das linhas gerais da chamada Teoria Crítica, trabalhada pelos estudiosos que iniciaram seus trabalhos em 1923 em Frankfurt, na Alemanha.

Podemos identificar a nomeação de Max Horkheimer como diretor do Instituto für Sozialforschung como o ponto crucial para a definição do local como importante centro de estudos sociais.

Os estudiosos
O diretor, Horkheimer, e Theodor Adorno foram os principais autores no desenvolvimento do conceito de industria cultural, o centro dos estudos culturais e de análise de mídia na linha. Também se juntam com destaque aos ilustres, os estudiosos Walter Benjamin e Siegfrield Kracauer. Outros nomes serão apresentados em posts futuros.

Eram pensadores que se preocupavam com os estudos críticos da sociedade. A gama de assuntos abordados por estes estudiosos era amplo e abraçava a política, a arte, os processos civilizadores e algumas outras áreas. Inevitavelmente, perceberam o poder da mídia da denominada cultura de mercado na vida das pessoas.

A sociedade é um todo e não segmentada
Como define Mauro Wolf, "a identidade central da teoria crítica configura-se, por um lado, como construção analítica dos fenômenos que investiga e, por outro, e simultaneamente, como capacidade para atribuir esses fenômenos às forças sociais que os provocam".

Os frankfurtianos entendem que a sociedade não pode ser setorizada, pois funciona como um todo. Os estudos das disciplinas não deveriam ser segmentadas ou setorizadas.

Ao contrário do que propunham estudiosos de Comunicação da época, a Escola de Frankfurt entendia que os fenômenos comunicacionais constituem um complexo social, não deveria ser tratado à parte, precisa, por isso, ser estudado dentro do contexto histórico global da sociedade. O que causou grande impacto nos estudos de Comunicação.

Pela visão mais ampla de sociedade, a forma que os frankfurtianos encararam os estudos em Comunicação levou os estudos sociais a um novo patamar.

Por ora
Assim como fiz ao estudar a Escola Norte-americana, pretendo elaborar uma apostila. No entanto, por falta de tempo e para não deixar o blog parado, vou alimentar a Escola de Frankfurt aos poucos e, ao final, disponibilizarei uma apostila de estudo.

Nos próximos posts irei identificar mais algumas características desta escola. Faremos uma breve situação histórica e entraremos no assunto Indústria Cultural.

Referências:
Mauro Wolf. Teorias da Comunicação

Teorias da Comunicação: Conceitos, Escolas e Tendências. Ed. Vozes. Antônio Hohlfeldt. Luiz C. Martino e Vera Veiga França (organizadores).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Escola Norte-americana de Comunicação

Neste trabalho de quatro páginas eu resumi as principais correntes teóricas da Comunicação desenvolvidas pelas escolas dos Estados Unidos, desde o início dos anos 20 até a década de 90.
O texto teve como referência bibliográfica:
Teorias da Comunicação: Conceitos, Escolas e Tendências. Ed. Vozes. Antônio Hohlfeldt. Luiz C. Martino e Vera Veiga França (organizadores).

Teorias da Comunicação em jornalismo. Ed. Saraiva. Clóvis de Barrso Filho, Felipe Tavares Paes Lopes e Luiz Peres-Neto.


Para acessar a apostila CLICK AQUI. Fique tranquilo, se você se preocupa com vírus, não é preciso dar download. O arquivo está online no famoso site Scribd. No entanto, se preferir, também é possível salvar o arquivo no seu computador.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Teoria Matemática da Informação

Para muitos estudantes que ingressam nas universidades de Jornalismo ou Publicidade, estudar as teorias de comunicação parece ser a parte mais chata do curso. Conhecer as Teorias da Comunicação logo nos primeiros semestres pode parecer cruel, mas quem não se identifica com a matéria no início, não estará preparado para o mercado.

A verdade é que elas são essenciais para a formação de qualidade do profissional. Para ser um bom comunicador não basta criatividade ou esforço. Sem cultura e conhecimento básico-teórico da comunicação, dificilmente o universitário alcançará grandes oportunidades na carreira.

Além disso, é importante ressaltar a importância do assunto para concursos públicos. A matéria é obrigatória em qualquer concurso na área de comunicação.

Teoria Matemática da Comunicação
Quem escolheu o curso para escapar da área de Exatas, esta teoria parece ser um soco no estômago, mas lendo, e relendo, com calma podemos observar que trata-se da base da Comunicação.

Aqui, os estudiosos ressaltam a questão do ruído na comunicação e qual a relação da informação com o desconhecimento prévio da mensagem.

Criei uma apostila super resumida sobre o assunto, para facilitar o entendimento do assunto. Ressalto que o trabalho não tem qualquer valor acadêmico ou comercial, por isso, na apostila não constam notas de rodapé ou bibliografia.

No entanto segue links e dicas de leituras para quem deseja conhecer um pouco melhor esta teoria.

LINK para minha apostila

Livros
Editora: Loyola 
Materiais para estudo
Prof. Giacommo Balbinotto Neto - UFRGS
UFF
Livro Teorias da Comunicação, Mauro Wolf
Livreto Teorias da Comunicação - Ivan Carlo Andrade de Oliveira
Apostila teorias da Comunicação

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