domingo, 25 de março de 2012

Escola de Frankfurt - Parte 02

Espero que esta postagem o ajude a tirar algumas dúvidas e faça aumentar ainda mais sua paixão pela Comunicação.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, os pensadores alemães Horkheimer e Adorno se refugiaram nos Estados Unidos e puderam perceber que apesar do regime democrático, todas as formas de governo tinha tendências autoritárias.

Segundo Adorno, a indústria adapta seus produtos para serem consumidos pela massa e alimentam este consumo; ou seja, os produtos da indústria cultural não são originais do povo, mas o gosto popular é que é originado desta indústria.

Iluminismo
Para entender um pouco melhor os pensadores da época precisamos entender o momento histórico e o iluminismo faz parte de tudo isso.

Segue links para melhor entender o Iluminismo, pois não cabe este blog as explicações detalhadas: texto resumido, apresentação em slides (bem objetivo), trabalho sobre o iluminismo marxista.

O que mobiliza a população, nas sociedades "capitalistas avançadas", é o consumo ao que chamam de indústria cultural necessário para manter sistema econômico. As comunicações deixam de ser vistas como libertadoras e passam a ser vistas como mais um eixo amarrado à grande corrente social.

Adorno e Horkheimer percebem que o crescimento econômico oferecia um mundo mais justo, mas por outro lado, oferece a um pequeno grupo um poder imenso sobre a maioria.

As previsões iluministas humanistas não ocorrem na Europa (e em nenhum lugar do mundo), pois o desenvolvimento social, científico e industrial não trouxeram ao homem a liberdade e a felicidade esperadas. Pelo contrário, diz Adorno, aprisionou o homem nas inovações tecnológicas. O homem passou a ser alienado com o mundo.


Indústria Cultural
Os meio de comunicação de massa tiveram papel importante nessa alienação humana. A reprodução cultural tirou o valor da cultura popular e erudita, segundo os frankfurtianos. A reprodução em escala das obras artísticas, acaba nivelando por baixo as obras.

Exemplo dessa adaptação ao consumo, "O corcunda de Notre Dame" ganhou uma versão mais "sutil" pela Walt Disney. Para os pensadores da corrente de Frankfurt, essa adaptação deixa o homem mais conformado, alienado. A obra não instigava como o autor queria. As obras adaptadas não davam ao homem uma conscientização social, pois a adaptação servia justamente para deixar os leitores na "zona de conforto social".

Para os pensadores de Frankfurt, a indústria cultural tem basicamente três objetivos: ser comercializado, diminuir (degradas) o gosto popular e pacificar (alienar) os consumidores.

A Industria Cultural degrada o gosto popular porque deseja vender seu produto, portanto não é "comercial"  vender produtos polêmicos ou de difícil entendimento, assim a visão crítica deixa de existir.

Próximo(s) post(s)
É, o assunto não não esgotou e acredito que ainda serão necessários mais um ou dois posts sobre o assunto. Ainda quero comentar um pouco sobre a Cultura Pop, a visão da Escola de Frankfurt sobre a esfera pública e alguns pensamentos de outros estudiosos e até críticas à visão frankfurtiana.

Links
Escola de Frankfurt - Parte 01
Teorias da Comunicação - Ivan Carlo Andrade de Oliveira
Teorias da Comunicação - Mauro Wolf

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