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sábado, 2 de junho de 2012

Communication research e Agenda Setting

Antes de iniciar nosso estudo sobre o Agenda Setting, vamos dar uma pincelada na conhecida Communication Research.

Os estudos sobre comunicação até meados dos anos 60 e início dos anos 70 procurava entender os processos comunicacionais com teorias que buscavam se superar, em conceitos fechados. Uma negava a outra. Elas eram excludentes. Mas no começo dos anos 70 alguns estudiosos dos Estados Unidos passaram a entender os processos comunicacionais como algo mais complexo e que para ser compreendida, era necessária uma visão mais abrangente.

Os estudiosos Maxwell McCombs e Donald Shaw diziam que a mídia tem a capacidade de influenciar a projeção dos acontecimentos na opinião pública, estabelecendo um ambiente montado, fabricado, pelos meios de comunicação.

Agora não se discute que os media querem persuadir, mas apresentam à sociedade os assuntos sobre os quais devemos discutir, opinar, comentar...

Agenda Social
Para entender um pouco melhor este conceito, só relembro que agora estamos falando de hipóteses e não de teorias - pois estas, escrevi acima, se excluem. Enquanto hipóteses podem ser sempre melhoradas - o que já é uma grande renovação nos estudos sobre Comunicação Social.

A ideia aqui é entender como funciona a "agenda social". Em recente post, cheguei a dizer que a Globo é o Agenda Setting do Brasil justamente por este poder que a empresa tem de gerar assunto, temas, os quais podemos iniciar conversas com qualquer pessoa, mesmo as desconhecidas.

O livro Teorias da Comunicação em Jornalismo traz uma boa explicação sobre o assunto. Na antiga Grécia, logicamente em Atenas, os cidadãos se reuniam para debater assuntos referentes sobre a Pólis (cidade), daí o nome de políticos.

Os temas eram variados, mas tinham em comum a referência com a cidade e seus habitantes, e o interessante é que os temas mais comuns eram sobre as vidas dos mais ilustres cidadãos, sobre os atletas atenienses, ou sobre as próximas festas, por exemplo. Muito semelhante ao que ainda toma boa parte de nossas conversas hoje.

Pressupostos
Podemos então, entender que a hipótese do Agenda Setting refere-se à nossa agenda social, à fixação de assuntos os quais qualquer um pode iniciar uma conversa com qualquer outro.

O pressuposto principal é que a compreensão que temos da realidade, nos é imputada pela mídia.
  • Fluxo contínuo: a comunicação não é um processo fechado. Estamos sujeitos a um fluxo de informações gigantesco desde acordarmos até o deitar e seria impossível guardarmos tudo, selecionamos, mesmo que inconscientemente, somente os principais fatos e assim podemos desprezar informações que julgamos sem importância.
  • Influência a médio e longo prazo: mais uma vez contrariando as antigas teorias, agora os estudiosos passam a entender que a comunicação não traz efeitos imediatos ao cidadão.
  • O que pensar: percebeu-se que a mídia não necessariamente influencia diretamente sobre como pensar, mas, puramente pode controlar sobre o que pensar.
A hipótese do agenda-setting seria uma central de temas e de conhecimentos parciais, que podem ser organizados e integrados numa teoria geral sobre a mediação simbólica e sobre os efeitos de realidade exercidos pela mídia.

O meio e a mensagem
Para os estudiosos desta teoria, dois fatores são fundamentais para definir o grau de importância que determinado assunto, ou tema, ganha na vida daquela sociedade.

Estabeleceu-se basicamente, dois fatores determinantes: o meio e o conteúdo. De acordo com estudos e pesquisas, o meio escrito, por exemplo, tem mais influência que o televisivo. O conteúdo divulgado também determina o grau de importância na "agenda social" das pessoas.

Mais do que poderíamos imaginar a priori, os estudos sobre o Agenda Setting são bem variados e se aprofundam em diversas áreas, por isso recomendo uma leitura mais detalhada e atenciosa sobre o assunto, diga-se de passagem, bem presente nos concursos públicos.

Referência:
Autor: Barros Filho, Clovis de; Tavares Paes Lopes, Felipe; Peres Neto, Luiz
Editora: Saraiva

Organizadores: Antonio Hohlfeldt, Luiz C. Martino e Vera Veiga França
Editora: Vozes

Autor: Mauro Wolf
Editora: Presença

sábado, 28 de abril de 2012

A Globo é o "Agenda setting" do Brasil

Para quem está querendo entender melhor como funciona a teoria do "agenda settig", já estudada na Escola americana de comunicação, basta analisar as conversas sociais. O que a mídia destaca no dia-a-dia. Vamos analisar neste post o peso da Rede Globo na nossa vida. Ainda que não gostemos ou tentemos ignorar o maior canal de televisão da América Latina.

Para entender como funciona a teoria do "agenda setting" bastar dar uma zapeada pelos canais de televisão ou uma navegada pela internet para perceber um certo padrão dos assuntos de destaque.

Casos destacados pela Globo
Em primeiro lugar não devemos ser ingênuos (para não dizer desinformados) de acharmo que a Globo se resume a um canal de televisão. São revistas, canais de tv fechada, sites... as Organizações Globo têm fortíssima influência sobre a vida do brasileiro.

Poderíamos realizar um longo estudo de cases e enumerar estatísticas e mais estatísticas, mas vamos nos ater a casos simples e notórios.

Quantos "infelizes" do seu trabalho ou faculdade você já viu conversando sobre a eliminação no BBB, sobre o caso da menina Isabella Nardoni, ou simplesmente sobre a última rodada do Brasileirão. Aliás vou deixar o esporte para um post futuro mais incisivo.

No último carnaval, por exemplo, o país todo parecia fazer uma "corrente pra frente" em favor de Ana Furtado na sua estréia como rainha da bateria. Eu até me sentia constrangido vendo-a em quase todos os programas de entrevistas da Globo, capas de revistas... Ana teria chance de ser rainha da bateria se não fosse esposa do Boninho? A mulher nem sabia sambar direito, mas essa é outra conversa.

Certamente você ouve muitas pessoas conversando sobre o final decepcionante da novela, ou sobre a raiva ou admiração por Galvão Bueno, mas não sobre a participação de Fernando Henrique Cardoso no Roda Viva, ou sobre o jogo transmitido pela Bandeirantes.

Copa do Mundo e Olimpíadas
Em breve dedicarei um post no meu Blog de Esportes, o Líder Esportes, mais detalhado sobre os pontos positivos e, principalmente, negativos da realização destes eventos no Brasil.

A Globo, patrocinadora e transmissora do evento apóia tudo o que é feito, trata os eventos como "orgulho da nação", como se o Brasil fosse um país melhor por organizar uma Copa e uma Olimpíada,

Não são noticiados casos de corrupção, desvio de dinheiro, obras superfaturadas, os prédios abandonados do Pan, as falhas do Pan 2007. Por consequência, a população desconhece este lado podre, abraça os Jogos e a Copa como se fossem mais importante que acabar com a corrupção, ou fazer justiça.

Agenda Setting
Para puxar assunto com alguém que você pouco conhece, você dificilmente começará bem se falar de sua joanete, ou de como jogou bem na pelada do último sábado. No entanto, poderá render um bom tempo de conversa se começar falando do câncer de Gianecchini, ou do clássico do domingo.

Imagine que você mal chegou na empresa e na hora do almoço duas ou três pessoas dividem a cozinha contigo. Tentando parecer simpático você toma a iniciativa de começar uma conversa. "Devo falar da minha viagem? Pode parecer esnobe. E se eu falar de como queimei o arroz ontem? Que brega." São assuntos que despertam pouco ou nenhuma motivação.

Mas se por outro lado você falar daquela matéria do Fantástico ou da nova lei sobre cigarros, é mais provável que as demais pessoas tenham o que falar, opinar, concordar ou discordar. Esses assuntos em comum fazer parte da "agenda social". Os assuntos abordados pela imprensa estão fazendo parte do "Agenda Setting".

Enfim, os assuntos abordados pela mídia acabam tomando espaço na chamada agenda social. No Brasil, infelizmente, entende-se por media, uma única instituição denominada Globo. Não vou me prender em achar bom ou ruim, mas certamente não é democrático.

Podemos questionar as razões pelas quais a Globo detém o poder que tem hoje, ou os motivos que as demais emissoras abertas não conseguem se desenvolver, mas sem dúvidas boa parte das conversas sociais passam por assuntos abordados pelos canais de comunicação dos Marinhos.



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Escola Norte-americana de Comunicação

Neste trabalho de quatro páginas eu resumi as principais correntes teóricas da Comunicação desenvolvidas pelas escolas dos Estados Unidos, desde o início dos anos 20 até a década de 90.
O texto teve como referência bibliográfica:
Teorias da Comunicação: Conceitos, Escolas e Tendências. Ed. Vozes. Antônio Hohlfeldt. Luiz C. Martino e Vera Veiga França (organizadores).

Teorias da Comunicação em jornalismo. Ed. Saraiva. Clóvis de Barrso Filho, Felipe Tavares Paes Lopes e Luiz Peres-Neto.


Para acessar a apostila CLICK AQUI. Fique tranquilo, se você se preocupa com vírus, não é preciso dar download. O arquivo está online no famoso site Scribd. No entanto, se preferir, também é possível salvar o arquivo no seu computador.

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