sábado, 4 de maio de 2013

O conceito 'repetição' é o que dá padrão ao design

A princípio, pode parecer uma ideia a se combater, mas a repetição, na verdade é um conceito importante para o design. Pois a repetição dá unidade, padrão, ao trabalho. Não estamos falando em repetir um elemento exaustivamente, mas dar um padrão.

É um dos quatros princípios básicos do design, de acordo com o livro de Robin Williams, 'Design para quem não é designer'.

Um exemplo fácil é o do Banco Itaú. Utilizando a cor laranja em suas campanhas, hoje associamos o banco à cor e vice-versa, pois existe uma repetição da cor em tudo o que o banco produz de comunicação visual.

Por exemplo: você, provavelmente, sempre que escreve um texto, coloca o título em letras maiores ou negrito. Isso é dar um padrão. Este é um exemplo básico, mas o trabalho profissional vai sugerir pequenos padrões, muitas vezes imperceptíveis aos leigos.

Acredito que essa técnica seja melhor assimilada pelas mulheres, que utilizam essa técnica, por exemplo, na maquiagem e nas roupas. Para o homem, pense na repetição como o uniforme de um time de futebol.

Vamos a um outro exemplo. Se você  lê com certa regularidade a Folha, Estadão ou um outro jornal, mesmo que se corte a parte de cima onde fica o nome do jornal, só de visualizar a página, provavelmente você saberá diferenciar uma página do Estadão da página da Folha. Porque cada um segue um padrão de linhas, cores, formas, estilos.

A ideia não é deixar tudo por igual, mas destacar os elementos diferenciais ou consistente.

A técnica de repetição também deve ser usada quando várias peças forem criadas (cartão, cartaz, folder). Você não vai usar fontes totalmente diferentes para folder e cartaz de um mesmo evento. Use as mesmas formas, cores semelhantes e até mesmo design bem próximos.

Utilizando um padrão de estilo, reforçando os elementos, dando consistência. Deve ser usada em materiais de muitas páginas ou quando várias peças foram produzidas.

Comece a reparar como jornais, livros e grandes empresas usam a repetição para dar unidade ao material. Evite apenas os exageros, que ofuscarão os destaques e podem arruinar o material.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Inevitável caminho da cobrança por conteúdo

Quando a internet deixou de ser uma curiosa ferramenta para se tornar uma ferramenta essencial, os jornais passaram a aderir ao novo formato com alguma ponderação.

Ainda não se sabia até onde o jornalismo online poderia chegar. Não se sabia ao certo se um dia o jornalismo online superaria o imprenso. Na verdade, ainda não se sabe.



Primórdios
Quando a internet começou a se popularizar, fim dos anos 90 e início dos anos 2000, as grandes empresas de jornais impressos apostaram em garantir a manutenção do conteúdo online apenas com a propaganda gerada por publicidade online.

Logo se viu que a receita gerada por anúncios online não era o suficiente para manter os novos recursos (e profissionais) necessários para a versão online se pagar.

Aos poucos, foi-se popularizando a possibilidade de cobrar por conteúdos exclusivos. Assinantes das versões impressas, logicamente, ficam dispensados de tal cobrança, mas os internautas que querem ter acesso irrestrito a todo o portal noticioso agora precisam pagar uma assinatura para isso.

Nova ordem mundial
Agora, no começo da primeira década do século 21, percebe-se que os rumos do jornalismo online começam a se desenhar para a cobrança por conteúdo exclusivo.

Os principais jornais americanos, como Washington post e The San Francisco Chronicle já cobram pelo acesso irrestrito. Na Europa, a tendência é irreversível.

Outro modelo adotado é o de cobrar após um determinado número de acessos, adotados pelo The New York Times, Estadão e a Folha. No modelo de A Folha, por exemplo, o leitor pode acessar até vinte conteúdos por mês, sem restrições. A partir disso é necessária uma cobrança.

Seja qual for o modelo, é evidente que os portais de notícias online não conseguem mais se manter apenas pela publicidade online. Uma receita extra é preciso. Cobrar pelo acesso, impensável há alguns anos, hoje é o melhor caminho.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Como Castelo Branco promoveu militarismo com seu marketing político

Vamos falar mais um pouco sobre marketing político. No último post sobre o tema, abordamos o genial Jânio Quadros. O político de hoje será o cearense Castelo Branco, pois utilizou alguns recursos de marketing político bem interessantes, como o apoio da Rede Globo para instalar o regime militar.

Castelo Branco foi fundamental no golpe de 64 que depôs João Goulart e promovendo Mazzili para presidente, dando início ao governo militar no país. Na campanha eleitoral de 1964, o militar precisou se concentrar em ganhar aliados políticos, uma vez que as eleições foram indiretas. Ele foi o primeiro presidente do golpe militar.

Para ser eleito, obteve 361 votos, mais de 98% do total. Os outros dois candidatos receberam apenas cinco votos, somados. Abstenções e não comparecimentos somaram 109 "não votos".

Governo Militar
Por motivos óbvios, Castelo Branco enaltecia o governo militar. Em seus discursos e reuniões, a organização e a seriedade militar eram sempre vistos com bons olhos e como uma forma eficiente de se liderar, portanto era um modelo a ser seguido pelo governo federal.

Se, por um lado, não precisou fazer campanha para a população, por outro, precisava passar uma imagem forte e positiva do novo método de governo.

Amigo da mídia
Percebendo a força da mídia para criar uma boa imagem do governo, Castelo Branco se preocupou em cativar pessoas ligadas às mídias para ficar em evidência. Conquistando aliados jornalistas e empresários, sempre conseguia entrevistas e matérias de destaque.

A prática de se tornar 'amigo' de repórteres ainda é comum nos dias de hoje - e provavelmente sempre será. Políticos que não tenham boas relações com a imprensa estão fadado ao fracasso. No entanto, jornalistas dispostos a manter estreita esta relação estão a um passo do desastre.

Outra 'sacada' do ex-presidente foi conquistar o apoio do Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais.

As pesquisas eleitorais são, sabidamente, um importante fator na campanha eleitoral. Amplamente estudada pela Teoria da Espiral do Silêncio, as pesquisas eleitorais podem ter uma forte influência na decisão do voto, como desmembrado pela teoria do Knowledge Gap.

Globo apoia ditadura
Como se sabe, a rede Globo apoiava a saída de João Goulart e a implantação do sistema de regime militar. O vínculo de amizade entre as organizações Globo e os militares favoreceu o golpe militar e fez parecer que o Brasil entraria numa era de democracia.

Com a mídia a seu favor, o governo de Castelo Branco (e dos militares em geral) propagava que Jango pretendia instalar o comunismo no país e a saída era um novo governo apoiado pelos militares.

Comprando Utilizando a mídia a seu favor, Castelo Branco mostrou que a proximidade do político com os veículos de comunicação pode ser um  fator decisivo numa eleição.

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