Ainda não se sabia até onde o jornalismo online poderia chegar. Não se sabia ao certo se um dia o jornalismo online superaria o imprenso. Na verdade, ainda não se sabe.
Primórdios
Quando a internet começou a se popularizar, fim dos anos 90 e início dos anos 2000, as grandes empresas de jornais impressos apostaram em garantir a manutenção do conteúdo online apenas com a propaganda gerada por publicidade online.
Logo se viu que a receita gerada por anúncios online não era o suficiente para manter os novos recursos (e profissionais) necessários para a versão online se pagar.
Aos poucos, foi-se popularizando a possibilidade de cobrar por conteúdos exclusivos. Assinantes das versões impressas, logicamente, ficam dispensados de tal cobrança, mas os internautas que querem ter acesso irrestrito a todo o portal noticioso agora precisam pagar uma assinatura para isso.
Nova ordem mundial
Agora, no começo da primeira década do século 21, percebe-se que os rumos do jornalismo online começam a se desenhar para a cobrança por conteúdo exclusivo.
Os principais jornais americanos, como Washington post e The San Francisco Chronicle já cobram pelo acesso irrestrito. Na Europa, a tendência é irreversível.
Outro modelo adotado é o de cobrar após um determinado número de acessos, adotados pelo The New York Times, Estadão e a Folha. No modelo de A Folha, por exemplo, o leitor pode acessar até vinte conteúdos por mês, sem restrições. A partir disso é necessária uma cobrança.
Seja qual for o modelo, é evidente que os portais de notícias online não conseguem mais se manter apenas pela publicidade online. Uma receita extra é preciso. Cobrar pelo acesso, impensável há alguns anos, hoje é o melhor caminho.