Nas próximas semanas estarei um pouco ecopado tecendo o TCC de uma pós que estou terminando, por isso as postagens tendem a se tornar um pouco mais escassas. Uma estratégia para unir o útil ao agradável é usar textos do TCC para postar aqui.
Hoje, vou falar um pouco de ética. Ainda pretendo postar mais dois ou três textos sobre o tema. Vamos começar com uma leve introdução.
A profissão de jornalista exige mais do que a arte de escrever bem. Espera-se de um bom profissional da área uma boa bagagem cultura, capacidade de explanar, de se adaptar e até certa carga física, uma vez que são precisas várias caminhadas ao dia, subir e descer escadas e eventuais corre-corres.
Os novos avanços tecnológicos também trazem novos desafios aos profissionais jornalistas. Além de estar atualizado com todas as informações possível, é preciso saber trabalhá-las, saber disponibilizá-las ao público em diferentes meios – televisão, rádio, internet, jornal...
O jornalista agora é multitarefas. É preciso acompanhar as novas mídias e as novas tecnologias sob o risco de, se não o fizer, se tornar um profissional abaixo dos padrões mercadológicos. O jornalista português João Simão, em sua obra “Manual do jornalismo impresso – o informativo”, destaca alguns dos novos desafios do jornalista (2007, p.05)
"Actualmente e cada vez mais a profissão de jornalista implica que este seja o mais polivalente possível conseguindo ser capaz de produzir para imprensa, rádio e televisão bem como também para a Internet. Interagir com diversas ferramentas informáticas editando texto, som e vídeo. Ser capaz de fotografar, filmar e enviar a informação o mais rapidamente para a redacção. Assim ser jornalista já não implica apenas dominar todos os géneros. Temos agora que acrescentar dominar todos os meios, plataformas e ferramentas."
No próximo post quero escrever um pouco sobre o papel social do jornal e do jornalista.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Sites de busca alternativos
Você sabia que, de acordo com pesquisas de mercado recentes, mais de 99% das pesquisas online são realizadas apenas por quatro gigantes: Google, Ask, Yahoo e MSN, que usa o motor Bing para suas pesquisas - ou vice-versa, como queiram.
Se você é como eu e navega pelo Chrome, provavelmente você realiza suas buscas pelo próprio navegador, ou seja o Google. Há quem diga que o "Google é a internet". O fato é que estamos tão satisfeitos com os buscadores que utilizamos que não paramos para pensar "vou usar outro site de buscar para procurar isto".
Pensando nisso fiz uma breve "busca por sites de buscas" - com ajuda, claro, do Google e Bing e encontrei um site que considero, até agora, interessante. O Stumbleupon é um site de "descobertas" meio rede social, que faz você descobrir novos sites de acordo com seu gosto.
Ainda estou descobrindo esta nova ferramenta, mas já foi o suficiente para buscar outras alternativas., nem que seja só para conhecer. E aqui segue algumas dicas curiosas.
Cha-cha: Este site funciona como um sistema de perguntas e respostas. Mais ou menos aos moldes do Yahoo respostas, mas com uma interface mais amigável. Todos podem perguntar e todos podem responder. Bastar colocar sua pergunta (em inglês) e, logo, uma ferramenta irá te encaminhar para uma resposta automática. Se não for suficiente você pode refinar sua busca com outros sites de busca.
Quintura: A grande sacada deste sistema é realizar uma busca chamada de 3D. Quando você inicia uma busca, além dos locais encontrados, este site também fornece uma lista de tópicos associados, que permite você refinar sua busca de forma mais eficiente.
Liveplasma: Uma ferramenta bem interessante - para quem mora nos EUA e Europa - que poderia ser desenvolvida por aqui. O objetivo deste site é fazer o internauta descobrir novas músicas, filmes e livros. Você digita o nome de uma banda, por exemplo que gosta e, numa espécie de mapa (muito bem feito) a ferramenta apresenta similares. Ótimo para tentar conhecer músicas novas, ou novos livros e filmes. Só é uma pena que seja voltado ao público estadunidense e europeu. Também demorei um pouco para entender como a engine funciona, mas é uma ótima pedida.
Dogpile: Este na verdade não é um site de busca, mas de metabusca, ou seja, realiza uma busca em vários sites de busca ao mesmo tempo. É mais ou menos, um buscapé, só que de resultado de busca. Você digita o que quer, e a ferramenta de oferece o resultado dos quatros gigantes, citados acima.
Zuula: Este também é uma ferramenta de metabusca. A diferença para o de cima é que este apresenta umas abinhas, que você pode visualizar o resultado por site de busca. Vale ressaltar que até eu escrever este post, o Zuula ainda estava em versão beta.
Buscando, pesquisando, conhecendo e perdendo horas conhecendo novos sites de busca, ainda acho que os BIG FOUR que captam 99% dos usuários dificilmente perderão espaço para outros. Acho que as alternativas são sites de busca temáticos, como o Liveplasma. Outra alternativa interessante são os sites que realizam uma busca tipo 3D como o Quintura.
O Sumble também parece promissor, já que também tem um apelo social.
Para conhecer outras alternativas, leia esta excelente matéria que listou 100 sites de busca interessantes.
Se você é como eu e navega pelo Chrome, provavelmente você realiza suas buscas pelo próprio navegador, ou seja o Google. Há quem diga que o "Google é a internet". O fato é que estamos tão satisfeitos com os buscadores que utilizamos que não paramos para pensar "vou usar outro site de buscar para procurar isto".
Pensando nisso fiz uma breve "busca por sites de buscas" - com ajuda, claro, do Google e Bing e encontrei um site que considero, até agora, interessante. O Stumbleupon é um site de "descobertas" meio rede social, que faz você descobrir novos sites de acordo com seu gosto.
Ainda estou descobrindo esta nova ferramenta, mas já foi o suficiente para buscar outras alternativas., nem que seja só para conhecer. E aqui segue algumas dicas curiosas.
Cha-cha: Este site funciona como um sistema de perguntas e respostas. Mais ou menos aos moldes do Yahoo respostas, mas com uma interface mais amigável. Todos podem perguntar e todos podem responder. Bastar colocar sua pergunta (em inglês) e, logo, uma ferramenta irá te encaminhar para uma resposta automática. Se não for suficiente você pode refinar sua busca com outros sites de busca.
Quintura: A grande sacada deste sistema é realizar uma busca chamada de 3D. Quando você inicia uma busca, além dos locais encontrados, este site também fornece uma lista de tópicos associados, que permite você refinar sua busca de forma mais eficiente.
Liveplasma: Uma ferramenta bem interessante - para quem mora nos EUA e Europa - que poderia ser desenvolvida por aqui. O objetivo deste site é fazer o internauta descobrir novas músicas, filmes e livros. Você digita o nome de uma banda, por exemplo que gosta e, numa espécie de mapa (muito bem feito) a ferramenta apresenta similares. Ótimo para tentar conhecer músicas novas, ou novos livros e filmes. Só é uma pena que seja voltado ao público estadunidense e europeu. Também demorei um pouco para entender como a engine funciona, mas é uma ótima pedida.
Dogpile: Este na verdade não é um site de busca, mas de metabusca, ou seja, realiza uma busca em vários sites de busca ao mesmo tempo. É mais ou menos, um buscapé, só que de resultado de busca. Você digita o que quer, e a ferramenta de oferece o resultado dos quatros gigantes, citados acima.
Zuula: Este também é uma ferramenta de metabusca. A diferença para o de cima é que este apresenta umas abinhas, que você pode visualizar o resultado por site de busca. Vale ressaltar que até eu escrever este post, o Zuula ainda estava em versão beta.
Buscando, pesquisando, conhecendo e perdendo horas conhecendo novos sites de busca, ainda acho que os BIG FOUR que captam 99% dos usuários dificilmente perderão espaço para outros. Acho que as alternativas são sites de busca temáticos, como o Liveplasma. Outra alternativa interessante são os sites que realizam uma busca tipo 3D como o Quintura.
O Sumble também parece promissor, já que também tem um apelo social.
Para conhecer outras alternativas, leia esta excelente matéria que listou 100 sites de busca interessantes.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Espiral do silêncio - Parte 3
Dando continuidade ao assunto Espiral do Silêncio, gostaria de dedicar algumas linhas para apontar como o Estado se baseia na opinião pública. Percebo muito, principalmente agora em tempos de eleições, que as propostas políticas se baseiam mais na opinião pública que no que deve ser feito de fato.
Para ganhar o eleitor, o político discursa em cima do que a população gosta de ouvir. Para isso eles se baseiam na opinião pública.
David Hume tem um importante trabalho sobre o assunto – Tratado da natureza humana – no qual diz que o ser humano vai se moldando conforme as opiniões que o circundam, assim, “a opinião é essencial para os assuntos de estado”. Ainda de acordo com o pensador, “o poder concentrado de opiniões semelhantes mantidas por pessoas particulares produz um consenso que constitui a base real de qualquer governo”.
Pesquisas de opinião
Você já deve ter reparado que em épocas eleitorais, as pesquisas de opinião não podem ser mais divulgadas a partir de determinada data. Na verdade nem deveriam existir, mas já que existem devem ser mascarada. Vou explicar melhor o porquê; e tem tudo a ver com a Teoria do Espiral do Silêncio.
De acordo com a teoria, as pessoas tende a acompanhar a opinião da maioria, em especial quando não têm uma opinião formada. Daí, a importância das pesquisas políticas. Elas representam uma pequena, quase nula, opinião pública. Por exemplo, em São Paulo, com milhões de eleitores, essas pesquisas entrevistam mil, duas mil pessoas. Aquelas que ainda não tem opinião sobre o candidato irá acompanhar a pesquisa e votar naqueles que estão na ponta.
Os indecisos tenderão a seguir a maioria “vencedora”. Por isso, as pesquisas de opinião nas eleições têm fortes influências sobre os resultados. Principalmente em países de “analfabetos políticos”, que eu posso até exemplificar com o próprio Brasil.
Pontos divergentes da hipótese
Alguns pesquisadores e estudiosos realizaram vários testes para confirmar ou refutar a teoria da Espiral do Silêncio, dos quais podemos ressaltar os resultados mais importantes.
Em 1990 Tony Rimmer e Mark Howard realizaram um estudo no sul de Indiana e iniciaram com três hipóteses.
1. Quem utiliza mais a mídia sabe avaliar melhor a opinião das pessoas do que aquelas que utilizam menos a mídia
2. Quem utiliza mais a mídia saberia dizer melhor se está ou não acompanhando o pensamento da maioria
3. A importância de um fato é mais relevante, ou não, que a divulgação da mídia
Os estadunidenses avaliaram um problema local e entrevistaram 348 pessoas. Para surpresa, foi constatado que as pessoas que utilizam as mídias em médio nível eram as que conheciam melhor a opinião dos outros e sabiam melhor o seu posicionamento frente às demais opiniões. Contrariando assim a hipótese da Espiral do Silêncio.
No entanto o estudo levantou alguns dados importantes. Mostrou que os leitores de jornais conhecem melhor a realidade que os telespectadores. Outra observação importante é que a comunicação intrapessoal deixa a pessoa com uma melhor avaliação de sua própria opinião em relação ao todo. Quem tenta realisar essa autoavaliação somente com ajuda das mídias tentem a se enganar mais.
Os pesquisadores também perceberam que na Europa é feita uma leitura muito mais crítica que nos Estados Unidos.
Para Mauro Wolf, a principal contribuição da teoria de Elisabeth Noelle-Neumann é perceber que os mídia não servem apenas para “representar as tendências de opinião pública, mas que, ao contrário, lhes conferem concretamente forma e desenvolvimento”.
A teoria revela-se rica em alternativas de estudo, apesar de contravertida. Como Clóvis de Barros Filho levanta.
Já Charles Salmon e Gerald Kline ressaltam que a teoria não evidencia até que ponto o medo ao isolamento faz um sujeito se posicionar sobre determinados temas.
Bem, se sabemos que a mídia não é uma agulha hipodérmica, também não é inofensiva. A teoria da Espiral do Silêncio, apesar das controvérsias, trouxe novos pontos importantes para os estudiosos da relação mídia-público-sociedade.
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