Não fui nada bem na prova de 2009, acertei pouco mais da metade :(
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Prova Dataprev de Comunicação Social (Jornalista)
Em novembro, será aplicada a prova de concurso público para cadastro reserva da Previdência Social. Como preparação para a prova, segue prova realizada em 2009. A prova contou com questões de conhecimentos gerais, (que embutiu algumas questões de gramática e informática), inglês e conhecimentos gerais.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Jornalismo, democracia e denuncismo
Continuando meus textos sobre a ética do Jornalismo, desta vez quero comentar um pouco mais sobre a relação do profissional com a sociedade. Os textos foram retirados do meu trabalho de TCC da minha pós em Jornalismo Político, com adaptações.
Neste post escrevo um pouco sobre as relações do jornalismo com o desenvolvimento da democracia e como o denuncismo fere a ética jornalística.
Para acessar os posts anteriores sobre o tema, clique nos tópicos a seguir: Jornalismo e fama - O papel social do jornal e do jornalista - Introdução ao assunto.
A obra “Manual do radiojornalismo” destaca alguns pontos éticos importantes para a prática jornalística. Dentre os quais, os autores questionam o jornalista que se preocupa puramente em manter o emprego, deixando de lado o dever social do jornalista. Recomenda-se que os jornalistas questionem quando são pressionados a agir de forma contrária às posturas éticas da profissão.
Impor a linha editorial do jornal sob ameaça de demissão ou outra forma de castigo é condenável .
Publicar boatos ou informações é um erro condenável pelos autores (2003, p.21). “Quando rumores e fofocas são publicados como notícias precisas (...) geralmente se constituem em um sofisma e colaboram para reforçar o denuncismo”.
Para evitar esse erro recomenda-se não publicar matérias baseadas em uma única fonte e evitar textos tendenciosos.
Se um veículo de comunicação se propõe a seguir determinada linha editorial como um “caça às bruxas”, a função social deste jornal é nula. Assim como usar o veículo para promoção pessoal, de amigos, ou patrocinadores. O jornal que se propõe a ser usado como “carro eleitoreiro” nada tem de instrumento social.
Jornal não é panfleto político
Sobre as características de um jornal, Gerson Luiz Martins , em seu artigo publicado 12 de junho de 2012 no site Observatório da Imprensa , explica que muitos jornais atuais atuam mais como panfletos políticos, pois atuam com textos publicitários, opinativos e doutrinários, que fogem totalmente dos objetivos do jornalismo.
No artigo, o autor, ironicamente, comenta que os leitores dessas veículos utilizam o jornal mais como “aparato sanitário de cães e gatos” do que fonte de informação. Esses panfletos, de acordo com o autor, acabam circulando com matérias envelhecidas, matérias frias, são distribuídas de forma precária e alguns desses jornais, sequer possuem jornalistas formados em seus quadros. Como veremos mais para frente, características que recaem muito bem nos jornais da cidade do Guarujá.
O jornal, quando comprometido em informar, também exerce um importante papel para o desenvolvimento da democracia. Pois a democracia não se resume a eleições diretas e indiretas. Franklin Martins explica como o jornalismo tem a ver com a democracia (2011, p.26).
"Implica também o aumento do espírito crítico e maior interferência da sociedade em todos os espaços públicos e de formação da opinião pública. A imprensa é um deles, talvez o mais importante deles.
O resultado é que (...)as decisões editoriais são tomadas, cada vez mais, levando em conta critérios jornalísticos".
Portanto, para que um jornal exerça o papel social que dele se espera, deve fugir de práticas doutrinárias manipuladoras. E seus profissionais devem zelar pela imparcialidade para, não apenas informar, mas levar entendimento ao leitor.
Anabela Gradim aborda o assunto revelando que não é papel do jornalista selecionar arbitrariamente a informação a ser dada(2000,p33).
"O jornalista não é uma vivandeira que espalha boatos e devassa a intimidade e privacidade das figuras públicas; não trafica influências; não paga nem presta favores; não promove nem desfaz a imagem de ninguém; não ameaça; não dá recados; não trai a confiança dos leitores ou das fontes; não se arvora juiz ou autoridade moral das questões quando relata factos. Limitar-se-á a relatá-los".
Por hoje é só. Recomendo a leitura das obras citadas no texto e também dos livros:
Ética no jornalismo
Ética, Jornalismo e Nova Mídia
A arte de fazer um jornal diário
Neste post escrevo um pouco sobre as relações do jornalismo com o desenvolvimento da democracia e como o denuncismo fere a ética jornalística.
Para acessar os posts anteriores sobre o tema, clique nos tópicos a seguir: Jornalismo e fama - O papel social do jornal e do jornalista - Introdução ao assunto.
A obra “Manual do radiojornalismo” destaca alguns pontos éticos importantes para a prática jornalística. Dentre os quais, os autores questionam o jornalista que se preocupa puramente em manter o emprego, deixando de lado o dever social do jornalista. Recomenda-se que os jornalistas questionem quando são pressionados a agir de forma contrária às posturas éticas da profissão.
Impor a linha editorial do jornal sob ameaça de demissão ou outra forma de castigo é condenável .
Publicar boatos ou informações é um erro condenável pelos autores (2003, p.21). “Quando rumores e fofocas são publicados como notícias precisas (...) geralmente se constituem em um sofisma e colaboram para reforçar o denuncismo”.
Para evitar esse erro recomenda-se não publicar matérias baseadas em uma única fonte e evitar textos tendenciosos.
Se um veículo de comunicação se propõe a seguir determinada linha editorial como um “caça às bruxas”, a função social deste jornal é nula. Assim como usar o veículo para promoção pessoal, de amigos, ou patrocinadores. O jornal que se propõe a ser usado como “carro eleitoreiro” nada tem de instrumento social.
Jornal não é panfleto político
Sobre as características de um jornal, Gerson Luiz Martins , em seu artigo publicado 12 de junho de 2012 no site Observatório da Imprensa , explica que muitos jornais atuais atuam mais como panfletos políticos, pois atuam com textos publicitários, opinativos e doutrinários, que fogem totalmente dos objetivos do jornalismo.
No artigo, o autor, ironicamente, comenta que os leitores dessas veículos utilizam o jornal mais como “aparato sanitário de cães e gatos” do que fonte de informação. Esses panfletos, de acordo com o autor, acabam circulando com matérias envelhecidas, matérias frias, são distribuídas de forma precária e alguns desses jornais, sequer possuem jornalistas formados em seus quadros. Como veremos mais para frente, características que recaem muito bem nos jornais da cidade do Guarujá.
O jornal, quando comprometido em informar, também exerce um importante papel para o desenvolvimento da democracia. Pois a democracia não se resume a eleições diretas e indiretas. Franklin Martins explica como o jornalismo tem a ver com a democracia (2011, p.26).
"Implica também o aumento do espírito crítico e maior interferência da sociedade em todos os espaços públicos e de formação da opinião pública. A imprensa é um deles, talvez o mais importante deles.
O resultado é que (...)as decisões editoriais são tomadas, cada vez mais, levando em conta critérios jornalísticos".
Portanto, para que um jornal exerça o papel social que dele se espera, deve fugir de práticas doutrinárias manipuladoras. E seus profissionais devem zelar pela imparcialidade para, não apenas informar, mas levar entendimento ao leitor.
Anabela Gradim aborda o assunto revelando que não é papel do jornalista selecionar arbitrariamente a informação a ser dada(2000,p33).
"O jornalista não é uma vivandeira que espalha boatos e devassa a intimidade e privacidade das figuras públicas; não trafica influências; não paga nem presta favores; não promove nem desfaz a imagem de ninguém; não ameaça; não dá recados; não trai a confiança dos leitores ou das fontes; não se arvora juiz ou autoridade moral das questões quando relata factos. Limitar-se-á a relatá-los".
Por hoje é só. Recomendo a leitura das obras citadas no texto e também dos livros:
Ética no jornalismo
Ética, Jornalismo e Nova Mídia
A arte de fazer um jornal diário
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Jornalista corre atrás da notícia, não da fama
Hoje quero voltar a falar sobre Ética. No meu último post sobre o assunto, abordei o papel social do jornal de do jornalista. Agora vou comentar que o jornalista não faz parte do noticiário.
Recentemente, terminei meu #TCC de jornalismo político, onde eu abordei o assunto e vou aproveitar o que escrevi para este post.
O que o jornalista faz para conseguir informações, ou conseguir entrevistas não faz parte do noticiário. Informações sobre as dificuldades, contratempos ou as emoções do jornalista não são parte da notícia (salvo raras exceções).
No trabalho de Para Pedro Jorge Sousa - Elementos do jornalismo impresso - (p.14), o autor escreve: “os jornalistas não se devem aproveitar da sua função para ascenderem ao estrelato”, pois as notícias, as informações, são mais importantes que o jornalista.
A jornalista portuguesa Anabela Gradim, ao escrever "Manual de jornalismo" chega a dizer (p. 32) "É ridículo o homem que vai cobrir o grande incêndio na Serra da Estrela, do qual já resultaram vários mortos e dezenas de habitações destruídas, abrir a reportagem de forma descabidamente emotiva, e contando como quase se viu cercado pelo fogo mas felizmente escapou ileso. Pese embora o exagero do exemplo, o jornalista tem de perceber que o critério de proximidade se aplica à proximidade do acontecimento com os seus leitores, e não com ele próprio".
O jornalista profissional deve ter o propósito de manter-se longe do que relata, evitando que seu ponto de vista interfira no que escreve. Ainda pressupondo que os gostos e as preferências da pessoa que escreve a matéria não devam interferir na notícia podemos entender que este distanciamento faz parte dos requisitos básicos para um jornalista preocupado minimamente com seus valores éticos e sua conduta moral.
Uma das citações de meu TCC foi retirada do livro "Manual de Radiojornalismo" de Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima (p24) que argumentam que “o jornalista é um espectador da cena na qual se produzem os acontecimentos (...). A vedete é a notícia não o jornalista”.
Também achei interessante citar Franklin Martins (p.37), em sua obra "Jornalismo Político", o autor comenta que a função do jornalista é correr atrás da notícia e não da fama, ou do sucesso pessoal. Franklin recomenda que o jornalista tome cuidado para não se confundir com a notícia tampouco se prevalecer dela.
A função social do jornal e do jornalista deve prevalecer sobre questões pessoais como a de o jornalista querer se destacar sobre a notícia. Igualmente, não é função de o jornalista manipular o entendimento da informação, por isso, a relação jornalista-veículo também deve ser ponderada, mas isso já é assunto para um próximo post.
Para aprofundamento do assunto, recomendo a leitura das obras citadas no post.
Para aprofundamento do assunto, recomendo a leitura das obras citadas no post.
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