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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Redes sociais não são boas e nem ruins, apenas novas

Há quem condene o uso das redes sociais e suas influências em nosso cotidiano. Há quem defenda as redes sociais como uma revolução na sociedade moderna e diz que não consegue viver sem. Para mim não é se trata de ser ruim ou boa, mas saber usar. No entanto, ainda não há ninguém que saiba usar. Assim como a TV, outrora, passou pelos mesmos questionamentos e debates, hoje o foco são as redes sociais. Posso também citar o vídeo game e até medicamentos e muitas outras invenções que enfrentaram, acertadamente, a desconfiança nos primeiros anos de vida. Com o passar do tempo aprendemos como usá-los, seus limites e efeitos colaterais.

O diferencial das redes sociais é que vivemos em uma era mais globalizada, na qual as novidades se popularizam rapidamente. Ao estudarmos a história da TV, por exemplo, vemos que da sua invenção até sua popularização, longos anos se passaram. Com as redes sociais é bem diferente. Em um ou dois anos, uma rede nova passa de desconhecida para uma rede de milhão de usuários. Isso para não mencionar jogos, sites ou aplicativos que ganham milhões de usuários em meses.

Comparando com a própria internet, as redes sociais apresentam um crescimento de números de usuários em tempo inimagináveis há 30 ou 20 anos. Se a própria TV apresentasse números parecidos na época que surgiu, seria um acontecimento fenomenal.

Há quem culpe o uso excessivo das redes sociais por problemas de socialização de jovens e crianças. Sabemos, também que existem problemas de segurança, ataques virtuais, uso indiscriminado durante o horário de trabalho e nas escolas, disseminação veloz de informações falas e muitos outros problemas causados pelas redes sociais. Seriam essas acusações suficientes para decretarmos as redes sociais como o mal do século?

Por outro lado, podemos usar as redes sociais para mantermos contato com familiares, amigos, nos comunicarmos de forma rápida. Há quem não consiga se imaginar sem as redes sociais, o que pode ser um exagero para alguns é vital para outros.

Ninguém pode ensinar a usar as redes sociais
Meus pais não me ensinaram a usar as redes sociais. Eu, se tivesse filhos, no auge de meus trinta e poucos anos, também não saberia ensiná-los. Minha infância foi bem diferente. Claro que na minha opinião não faz sentido um adolescente ficar 'grudado' em seu celular no ônibus, na praça de alimentação, na praia... Mas isso não significa que estão 'perdendo' a infância. No ponto de vista desta geração as redes sociais não são separadas da vida social, como nós, mais velhos, separamos.

Muitas teorias da comunicação foram desenvolvidas ao longo da história. Algumas delas analisavam as mídias como aparelhos de manipulação infalíveis, como na teoria da agulha hipodérmica e outros estudos americanos.

Naquela época, acreditava-se que a TV poderia manipular as pessoas, que agiriam sem resistências. Hoje, sabemos que, obviamente, não é assim.

Da mesma forma, hoje, no meu ponto de vista, ainda traçamos teorias 'apocalípticas' sobre as redes sociais porque ela, a rede, é algo novo. Conforme estudos e pesquisas sobre os efeitos das redes sociais surjam, saberemos com mais clareza seus efeitos, tanto negativos como positivos.

Já começamos a entender, por exemplo, que o ciberespaço favorece a inteligência coletiva, o que é sabidamente positivo para a sociedade.

Além disso, em vinte anos - pode parecer muito para o mundo moderno, mas não em termos de geração - certamente saberemos lidar melhor com essa 'novidade'.

Por isso, quando me perguntam se acho que o uso das redes sociais é bom ou ruim, digo: "ambos".

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Moderar comentários é censurar?

Com o avanço das mídias digitais, a participação do leitor se tornou mais rápida e eficiente que em tempos de mídia impressa ou até mesmo eletrônica. No início da internet os comentários eram publicados quase que instantaneamente, com o passar dos tempos, percebeu-se a necessidade de uma triagem nos comentários, que passaram a ser encaminhados para o "tal" moderador.

Mesmo em rádio e televisão com participação ao vivo, não há tantos comentários como na internet, onde milhares de pessoas podem comentar ao mesmo tempo e em épocas diferentes, não apenas durante um determinado programa, como em rádio e tv. Vale lembrar que o leitor da internet pode fazer um comentário mesmo após meses e até anos da publicação, o que facilita a participação plural.

Na Europa
Há alguns meses, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos considerou que as grandes mídias são responsáveis, inclusive pelos comentários de seus usuários. Assim, por exemplo, se você quser fazer um comentário racista em uma matéria do jornal alemão Bild, o jornal não pode culpá-lo exclusivamente pelo o que você escreveu. O jornal também deve assumir sua culpa por autorizar a publicação do comentário.

Sob o argumento de que a liberdade de expressão não pode ser maior que a honra de um terceiro, o Tribunal tomou a decisão de tornar os sites responsáveis pelos comentários. Outro argumento usado é que é muito mais difícil localizar um usuário que os responsáveis pelo site, principalmente quando o site possibilita comentários por anônimos. Mesmo exigido um login, não é difícil alguém criar um fake (perfil com dados falsos), o que torna a busca pelo autor mais difícil.

Levando o assunto para lados mais polêmicos, há quem diga que tal decisão pode deixar os sites das grandes mídias europeias com um grau de censura ainda maior. O mesmo cuidado que um jornal tem ao publicar uma matéria, agora deve ter com o comentário que será publicado.


Os mesmos critérios de noticiabilidade agora precisam ser toamdos também com os comentários de seus leitores. O problema é que não se pode cobrar dos leitores os conhecimentos técnicos e éticos que se cobra de um profissional de comunicação.

Redes Sociais, Blogs, Fóruns...
Na teoria, na minha visão, o conceito está mais que certo, no entanto, na prática, isso deve ser melhor estudado e elaborado. O princípio cru de que a honra deve ser respeitado acima da libedade de expressão pode interferir em conteúdos e comentários feitos em blogs, fóruns e até redes sociais.

Imagine um site com fóruns ou um blog cheios de comentários como este (só que não kkk) sendo responsabilizado pelo conteúdo postado por terceiros. Se a moda de processos e julgamentos para sites, blogs e portais  pega, a tendência é que as empresas restrinjam cada vez mais a participação do internauta.

Os mais radicais podem alegar o contrário: tanta moderação não passa a ser um tipo de censura? Você proibir que leitores comentem uma notícia é viável, legal, ou moral. Há até quem diga que "o melhor das notícias são os comentários".

Não acho que isso (onda de processos de pessoas que se sentem prejudicadas contra sites) vá ocorrer, mas é uma questão interessante para pensar. Os sites devem se responsabilizar por conteúdo postados por terceiros? Até que ponto vai esta responsabilidade pelos comentários?

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Novas mídias e desafios para a Publicidade


A evolução das mídias transformou o comportamento do consumidor. Antes passivo, agora muito mais participativo, exigente e engajado. O ramo da Publicidade deixou de ser um serviço de grande oferta para se tornar um serviço de grande demanda. Existem 'zilhões' de oportunidades, mas, na contra mão, o desafio é maior. 

Prender o interesse do consumidor nos tempos modernos é muito mais difícil, pois é muito mais fácil o receptor perder o interesse pela mensagem nos primeiros segundos. O desafio da nova Publicidade é encontrar formar de fazer o consumidor se interessar pela propaganda a ponto de se concentrar por um período suficiente para captar a mensagem e ainda se engajar.

A pressão de prender o receptor sempre existiu, e sempre vai existir. Trocar de canal, de estação, ou virar a página sempre foram atitudes que os publicitários queriam evitar de seu público.

Se antes as formas de se anunciar eram restritas, agora são quase infinitas. Pode-se anunciar nos aplicativos para smartphones, nas redes sociais, nos jogos online. Aliás, não basta anunciar, é preciso criar métodos de que o usuário utilize o conteúdo e ainda se envolva nisso, a ponto de distribuir com os colegas.

O aperfeiçoamento da rede mundial de computadores tornou o ramo da Publicidade mais exigente. Contar histórias não basta. É preciso ir além. É preciso prender o leitor e fazer que ele se interesse em divulgar a história.

Você gastaria tempo com isso?
O desafio dos publicitários dos tempos atuais é criar ferramentas (vídeos, blogs, aplicativos) que faça o consumidor querer gastar um tempo nisso. Criar um vídeo publicitário e jogar, por exemplo, no Youtube, não vai dar muito efeito se não for muito criativo, que estimule o emocional (comédia ou drama, por exemplo) que faça o internauta querer vê-lo mais que uma vez e ainda distribuir aos amigos da rede.

Criar aplicativos e jogos para smartphones, por exemplo, tem sido o novo boom. O desafio é justamente criar algo tão bom e inovador que faça o público perceber real utilidade, caso contrário, existe centenas de outras opções.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Informação segmentada

Dei uma melhorada no artigo sobre comunicação de massa e mídias interativas. Escrevi um pouco sobre a convergência das mídias e que a popularização da cibercultura não deve dar fim aos meios de massa.

Para  ler o artigo CLIQUE AQUI

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

As mídias interativas darão fim à comunicação de massa?

Com o surgimento das novas tecnologias e a crescente preocupação em focar a comunicação a um público específico é o suficiente para dizermos que a comunicação de massa está com os dias contados?

Neste artigo eu coloco os principais desafios para que a mídia interativa dê fim aos veículos de comunicação de massa. Não acredito que os meios convencionais estejam perto do fim, mesmo porque são os melhores meios para comunicar a um grande número de população urbana crescente.

Para ler o arquivo não é necessário dar download. CLIQUE AQUI para ser redirecionado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Necessidade de imediatismo, personalização e mobilidade

Artigo abordando as novas mídias e a interatividade. Mais precisamente falo um pouco da busca da sociedade pós-moderna de imediatismo nas buscas via online, personalização (customização) de conteúdo e mobilidade dos meios novos.

O trabalho foi desenvolvido para a pós-graduação, por isso, na capa tem o nome da Faculdade da Grande Fortaleza.

Espero que seja útil a você. Para acessar, não é necessário download, basta ser redirecionado CLICANDO AQUI.

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