sábado, 20 de julho de 2024
Mensagem bíblica sobre suposições
Você nunca vai ouvir alguém confessando que é fofoqueiro. No entanto, quando “achamos, pensamos” estamos entrando em um campo muito perigoso. Quando falamos do que não temos certeza podemos abrir as portas para a fofoca. Por isso, achamos importante trazer essa mensagem bíblica sobre suposições, para mostrar que muitas vezes estamos agindo como fofoqueiro ao falar e agir por que achamos, ou pensamos, isso e aquilo. O cristão precisa estar atento ao que fala, ao que repassa. A bíblia nos traz diversas orientações sobre nossas palavras e o poder do que falamos, por isso, Jesus nos ensinou que o que contamina o homem é o que sai de nossa boca, porque falamos do que está cheio o coração.
Vamos começar essa mensagem bíblica com alguns exemplos clássicos de suposições errôneas. Em períodos de guerra, uma das táticas mais usadas é criar falsos alvos. Na Segunda Guerra Mundial essa prática ganhou força. O exército aliado fabricou inúmeros tanques de mentira, de plástico. Era possível até que um homem forte levantasse este tanque de mentira sozinho. Para distrair o exército nazista, esses tanques eram espalhados em campos de batalhas falsos. Assim, enquanto o verdadeiro exército avançava por outras frentes, os tanques de mentira eram atacados. O piloto avistava aqueles tanques e não tinha dúvidas, deveria bombardear. O piloto não ficava se perguntando se era correto ou não atacar, ele simplesmente atacava. Fazia isso porque achava que o tanque lá em baixo era verdadeiro. Nem passava por sua cabeça que aqueles tanques poderiam ser de mentira.
O que você supõe
Muitas vezes, não conhecemos a história ao certo, ouvimos alguém comentar aqui, outra pessoa comenta acolá e já estamos juntando os pedaços para realizar nossa versão. Começamos a repassar nossa versão de um fato montado aos pedaços. Devemos tomar muito cuidado com isso. A sociedade moderna bombardeia nossas mentes com pensamentos e ideias que se acumulam em nós e, sem percebermos, nos apoiamos nesses conceitos para formar um fato baseado apenas em nossas suposições.
Vamos a um exemplo prático. Não são poucos os maridos que desconfiam de suas mulheres por motivos bestas. Esses homens tiram suas conclusões porque a esposa chegou tarde um dia, porque está “indo muito à igreja”. Muitos passam a ter essas ideias porque ouvem falar muito de traição de “mulher casada que sai com fulano”. As más conversações fazem brotar dúvidas na mente do homem.
Em uma sociedade cada vez mais perversa, todos desconfiam de todos. Mulheres desconfiam de maridos, maridos de esposas, pais de filhos e filhos de pais. Os acontecimentos horríveis que vemos e lemos todos os dias alimentam nossa mente, e passamos a fazer suposições.
Vejamos a outro exemplo prático para um casal. O marido está calado, cansado e esposa começa a desconfiar que ele está mal-humorado, ignorando-a. Aos poucos a mulher também começa a ignorá-lo pensando “não quer falar comigo, também não vou dar ouvidos”. A situação vai ficando mais tensa e no fim das contas o casal está brigado por causa das suposições.
Em nosso local de trabalho também supomos muitas coisas. Quando somos novos em algum lugar e vemos duas ou três pessoas conversando, logo achamos que estão falando de nós. Quando nos desentendemos com alguém, achamos que tudo o que essas pessoas fazem é para nos irritar; pensamos algo do tipo “ela fez isso porque sabe que não gosto. Ele falou aquilo só para jogar uma indireta pra mim”.
Suposições e cautelas
Talvez, você se pergunte, “mas não é bom sermos cautelosos? Não posso dar mole para o meu marido, não posso deixar meus filhos soltos, não devo confiar em todo mundo”. Este pensamento está totalmente correto, o que torna essa mensagem bíblica tão importante, pois nem sempre pensar de um modo elimina outra maneira de pensar. O que precisamos ter é um equilibro e, principalmente, refrear nossa língua. Se estamos desconfiados de nosso marido, podemos investigar, conversar, orar, mas não tomar uma decisão sem reais motivos.
Vamos embasar esta mensagem bíblica com mais um grande exemplo de suposição da Segunda Guerra Mundial. Em determinado momento, os britânicos precisaram pensar como atacar os numerosos e potentes navios alemães. A tática foi um tanto inusitada. Os marinheiros usaram um navio sem características de um navio de guerra, parecendo um navio de cruzeiro. Eles se vestiram de mulher e passaram a atuar como se fosse um cruzeiro cheio de homens e mulheres festivo. Com isso, ao avistarem essa embarcação, os nazistas não desperdiçavam suas armas e apenas vigiam de longe. Quando os britânicos achavam que estavam perto o suficiente, atacavam os alemães. A tática deu certo e foi usada inúmeras outras vezes.
Basicamente, o que ocorreu na história acima é que os nazistas não se preocupavam em ser atacados por turistas. Nunca passou na cabeça deles que um navio de cruzeiro poderia ser, na verdade, um navio de guerra cheio de fuzileiros navais. A suposição levou os nazistas, neste caso, à derrota.
Quando passamos a usar a suposição, estamos caminhando para o fracasso, por isso, é importante não criar fatos a partir de suposições.
Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. Tiago 3:5.
O capítulo 3 da carta de Tiago nos traz grandes ensinamentos sobre o nosso falar. Para essa mensagem bíblica achamos melhor separar o quinto versículo, acima.
Antes de iniciar um assunto, “alertar” alguém ou tomar uma atitude com base no que você supõe, reflita se é realmente necessário o que pretende fazer. Respire um pouco, pense e deixe que o Espírito de Deus te direcione a tomar a melhor decisão. Quase sempre, ficarmos calado e orar é a melhor maneira de exercer nossa fé.
Desfrute a vida
Quando nos importamos menos com o ti-ti-ti e passamos a focar mais nossas atitudes, nosso direcionamento de vida muda, pois passamos a concentrar nosso pensamento no Senhor, que é concreto.
Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Salmos 34:12 e 13.
Se pensarmos sobre as suposições, muitas vezes estamos agindo com falsidade, pois falamos do que não temos certeza.
Que esta mensagem bíblica faça todos nós refletirmos sobre nossas suposições, quando passamos a achar isso e aquilo porque começamos a juntar peças de um quebra-cabeças em nossas mentes. Que possamos agir mais com sinceridade, com clareza e determinação em nossa fé.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
O curioso caso do domínio ".tv"
Você sabe dizer a que se refere o domínio ".tv"? Se você respondeu que é de sites que transmitem vídeos, ou stream de vídeos, você está errado, ou melhor meio errado... talvez, quase certo. O curioso caso do domínio ".tv" envolve marketing, dinheiro e uma pequena ilha na Oceania.
Por incrível que pareça, na verdade, este domínio pertence à pequena nação de Tuvalu, na Oceania. Este arquipélago com aproximadamente 12 mil habitantes é o verdadeiro herdeiro do domínio ".tv", o qual alguns especialistas alegam ser o próximo 'boom' da informática.
Há alguns dias, li um interessante texto na Folha de SP, no caderno The New York Times, sobre o assunto e achei interessante reproduzir esta curiosidade aqui.
Com o crescente número de usuários de internet que assistem a vídeos através de seus smartphones, tablets e notebooks, o registro ".tv" se tornou um meio atraente de mostrar aos internautas que o site disponibiliza vídeos, ou streams.
Um dos casos que vale ressaltar é o do site Twitch.tv, que transmite jogos online ao vivo, uma febre tão grande que a Amazon.com anunciou a compra do site por cerca de U$ 1 bilhão.
Ilha de Tuvalu vendeu o domínio ".tv"
Na década de 90 quando foi distribuído os domínios aos países para identificação de sites nacionais, a ilha de Tuvalu foi 'agraciada' com este sufixo. Anos mais tarde, uma empresa se prontificou a pagar U$ 50 milhões para ter o direito de vender o domínio ".tv" para outras empresas. O pagamento foi dividido ao longo de doze anos.
A receita proeminente da venda do 'ponto tevê' se tornou a principal fonte de renda -ou pelo menos, uma das mais importantes - desta pequena nação.
A empresa, DOT-tv, apostou que em pouco tempo o domínio ".tv" seria maior que o ",com" pois acreditou, e acredita, que com a expansão da internet e avanços tecnológicos, as pessoas passaram a ver mais vídeos em aparelhos de informática, se tornando assim o hábito mais comum de pessoas que navegam na internet.
Para se ter uma ideia, o domínio "china.tv" foi vendido por US$ 50 milhões por cinco anos, mais 1% na participação de lucros da empresa, daí podemos ver a demanda pelo negócio. Outro exemplo de bom uso do sufixo é o site "redbull.tv", que transmite esportes radicais via web. Estima-se mais de 200 mil registros já feitos com o final ".tv".
Com o dinheiro, o governo tem investido em escolas e rodovias. Outro investimento importante graças a este dinheiro foi o de iluminação pública.
Sucesso garantido?
Claro que não podemos pontuar certeza alguma, mas o domínio ".tv" tem confirmado a tendência e parece que, com o aumento de demanda, a ilha de Tuvalu ainda vai obter lucros por muitos anos com este domínio, mas curiosamente outros exemplos similares já aconteceram.
O texto, publicado no The New York Times, cita o sufixo "fm", que é utilizado pelo Ask.fm. Este sufixo pertencia à Micronésia. No entanto, sufixos diferentes podem gerar confusão e o proprietário acaba perdendo navegantes para sites com o mesmo nome, mas como tradicional registro ".com".
O caso é curioso e nos faz refletir sobre a guerra dos domínios de web e até que ponto isso pode chegar.
Por incrível que pareça, na verdade, este domínio pertence à pequena nação de Tuvalu, na Oceania. Este arquipélago com aproximadamente 12 mil habitantes é o verdadeiro herdeiro do domínio ".tv", o qual alguns especialistas alegam ser o próximo 'boom' da informática.
Há alguns dias, li um interessante texto na Folha de SP, no caderno The New York Times, sobre o assunto e achei interessante reproduzir esta curiosidade aqui.
Com o crescente número de usuários de internet que assistem a vídeos através de seus smartphones, tablets e notebooks, o registro ".tv" se tornou um meio atraente de mostrar aos internautas que o site disponibiliza vídeos, ou streams.
Um dos casos que vale ressaltar é o do site Twitch.tv, que transmite jogos online ao vivo, uma febre tão grande que a Amazon.com anunciou a compra do site por cerca de U$ 1 bilhão.
Ilha de Tuvalu vendeu o domínio ".tv"
Na década de 90 quando foi distribuído os domínios aos países para identificação de sites nacionais, a ilha de Tuvalu foi 'agraciada' com este sufixo. Anos mais tarde, uma empresa se prontificou a pagar U$ 50 milhões para ter o direito de vender o domínio ".tv" para outras empresas. O pagamento foi dividido ao longo de doze anos.
A receita proeminente da venda do 'ponto tevê' se tornou a principal fonte de renda -ou pelo menos, uma das mais importantes - desta pequena nação.
A empresa, DOT-tv, apostou que em pouco tempo o domínio ".tv" seria maior que o ",com" pois acreditou, e acredita, que com a expansão da internet e avanços tecnológicos, as pessoas passaram a ver mais vídeos em aparelhos de informática, se tornando assim o hábito mais comum de pessoas que navegam na internet.
Para se ter uma ideia, o domínio "china.tv" foi vendido por US$ 50 milhões por cinco anos, mais 1% na participação de lucros da empresa, daí podemos ver a demanda pelo negócio. Outro exemplo de bom uso do sufixo é o site "redbull.tv", que transmite esportes radicais via web. Estima-se mais de 200 mil registros já feitos com o final ".tv".
Com o dinheiro, o governo tem investido em escolas e rodovias. Outro investimento importante graças a este dinheiro foi o de iluminação pública.
Sucesso garantido?
Claro que não podemos pontuar certeza alguma, mas o domínio ".tv" tem confirmado a tendência e parece que, com o aumento de demanda, a ilha de Tuvalu ainda vai obter lucros por muitos anos com este domínio, mas curiosamente outros exemplos similares já aconteceram.
O texto, publicado no The New York Times, cita o sufixo "fm", que é utilizado pelo Ask.fm. Este sufixo pertencia à Micronésia. No entanto, sufixos diferentes podem gerar confusão e o proprietário acaba perdendo navegantes para sites com o mesmo nome, mas como tradicional registro ".com".
O caso é curioso e nos faz refletir sobre a guerra dos domínios de web e até que ponto isso pode chegar.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Perfis do jornalista cidadão
Também chamado de jornalismo colaborativo, democrático e até, de rua. O jornalismo cidadão tem como conceito a participação de cidadãos comuns, sem formação em jornalismo, na coleta e divulgação de informações, notícias. É uma ideia que ainda gera debates e polêmicas, pois a partir do momento que todos podem divulgar informações de forma abrangente, a possibilidade de disseminação de falsa notícia cresce. O objetivo deste texto não é debater os pontos negativos e positivos do jornalismo cidadão, mas traçar um perfil básico das pessoas que participam deste processo, o qual, possivelmente, você está inserido, mesmo sem saber.
É comum, por exemplo, matérias em televisão que reproduzem vídeos e fotos feitos por amadores que estavam no local do acontecimento. Flagrantes são possíveis porque hoje em dia todos possuem celulares com câmeras. Tudo pode virar notícia.
Os grandes veículos de comunicação modernos utilizam a participação popular de uma forma mais contundente e direta que há alguns anos. O jornalismo cidadão não se resume a comentários ou sugestão de pauta, pessoas enviando reclamações às redações ou sugerindo matérias a serem publicadas. Blogs, vlogs, redes sociais, fóruns e podcasts são algumas das ferramentas utilizadas na produção do jornalismo cidadão.
Muitas pessoas podem não saber, mas fazem parte desta atmosfera, participando de diversas formas e em diferentes intensidades. Neste post vamos abordar os perfis mais comuns de 'jornalistas cidadãos'. Você vai perceber que muitos de nossos amigos se encaixam nestes perfis e poderiam atuar de forma mais eficaz na sociedade, se conhecessem a possibilidade de se tornarem um jornalista cidadão.
Publicador
O jornalista cidadão publicador é o que possui suas próprias ferramentas para reproduzir o seu material. O blog é a ferramenta mais usual deste tipo de pessoa. Através de seu blog pessoal, é possível reproduzir informações, divulgar opiniões, vídeos, realizar pesquisas ou debater assuntos específicos.
Militante
Como o próprio nome diz, o militante é aquele que participar em prol de uma ideia específica, pode ser por um direito, pela preferência de um time de futebol, partido político, melhorias na educação. Enfim, dedica-se a defender uma causa, um assunto, de forma 'apaixonada'.
O militante pode lutar por causas grandiosas, como meio-ambiente e política, ou até assuntos mais específicos, referentes à sua comunidade ou ciclo de amigos.
Este perfil usa, mais comumente, as redes sociais para divulgar suas ideias com mais abrangência. Facebook e Twitter são as ferramentas mais aconselhadas para quem deseja realizar este tipo de jornalismo cidadão.
Observador
Este termo não se refere ao fato de observar a rede passivamente, mas sim de observar o que acontece ao seu redor. O cidadão jornalista observador está sempre com uma câmera, ou celular com este acessório, em mãos, pronto para registrar um fato.
Também participa mais comumente das redes sociais, mas também mantém certo contato com alguns veículos de comunicação, pois acredita que suas imagens e vídeos podem render matérias importantes.
Comentarista
Este tipo de cidadão jornalista gosta de participar de debates e dar sua opinião em blogs, redes sociais, sites e fóruns. O comentarista pode passar informações sobre o tema abordado e dados que possam enriquecer o debate. Diferente da pessoa que comenta com interesse de puramente dar sua opinião, neste caso, o cidadão jornalista comentarista se preocupa mais em passar dados precisos e confiáveis.
Editor
Neste perfil enquadra-se a pessoa que participa de sites colaborativos e que gosta de divulgar links e informações a partir de grandes portais, sites de jornalismo ou páginas pessoais. O editor, quase sempre, possui um blog ou um site, e serve de inspiração para outros internautas, que o seguem.
Seja qual for o seu perfil, o importante é não fugir da realidade. Antes de divulgar qualquer material, pergunte-se a quem pode interessar, a informação é educativa, serve de orientação, serve de entretenimento? Pense como o leitor. Dizer algo por dizer não vai lhe render respeito. Argumentar e estar disposto a receber críticas é essencial para quem deseja participar deste universo do jornalismo cidadão.
Pense como alguém que
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