Uma dúvida comum para quem inicia um trabalho de edição é identificar a diferença entre charge, cartoon e caricatura. Se as palavras podem ser sinônimas, na verdade, guardam pequenas diferenças que é importante o profissional da área de comunicação saber, principalmente quando trabalha em um veículo impresso.
Podemos nos complicar ao tentar titular, ou definir uma ilustração como caricatura, charge ou cartoon. Uma falta de conhecimento do assunto pode acabar culminando com um desastre. Por isso, achei interessante uma rápida pincelada sobre o assunto.
Charge
De origem francesa, o termo charge significa fazer carga, exagerar ou atacar violentamente. Sabendo disso, podemos identificar mais facilmente um trabalho de charge.
Por meio de caricaturas, a charge é uma forma de satirizar um acontecimento atual. Vale ressaltar que não basta ser um desenho, ou montagem, engraçado para definirmos um trabalho como charge. É preciso um cunho de crítica, principalmente política, aos acontecimentos cotidianos.
O importante da charge é que não é preciso uma leitura tão inteligente. Basta estar por dentro do que ocorre na atualidade para se divertir com o trabalho.
Pelo cunho político e de críticas, normalmente, em eras de ditadura e censura, as primeiras colunas a serem retiradas dos jornais são as charges.
Cartoon
Há quem acredite que o termo cartoon vem do inglês, mas na verdade este deriva do italiano 'cartone' que significa cartão.
Os cartoons são muito similares às charges, podemos identificar como principal diferença o fato de os cartoons tratarem os assuntos mais corriqueiros.
Podemos identificar um cartoon por que ele não trata de assuntos atuais. Normalmente, são assuntos mais universais e até atemporais.
Realmente é uma diferença muito pequena. Muitas vezes, só o tempo de trabalho e pesquisas em edições mais antigas e de outros jornais poderão nos dar mais certeza se estamos lidando com um cartoon ou uma charge.
Caricatura
Também de origem italiana, significa carregar e é isso que os desenhistas fazem nesta técnica.
Este é o mais simples de se identificar.São desenhos de personalidades, o não, de traços exagerados.
O maior objetivo das caricaturas é ressaltar alguns pontos salientes da pessoas para deixar uma desenho único, mas que podemos facilmente identificar sobre quem se desenha.
Normalmente, a caricatura é o maior destaque do desenho, o que o personagem faz, onde está ou a situação na qual se encontra são detalhes sem tanta importância se comparada ao personagem em si.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Prova de concurso público para jornalista
Como no mês que vem eu vou me inscrever para mais um concurso publico, resolvi pesquisar mais algumas provas para estudar o material. No caso, como eu já havia feito a prova do BNDES em 2011, então eu ainda tinha algum material daquela ocasião; portanto, resolvi procurar alguma prova da organizadora - CESGRANRIO.
A prova tem algumas questões específicas sobre o estado de Rondônia, que julgo desnecessárias para o estudo, mas as questões de língua portuguesa e as específicas da profissão são muito boas.
Coloco aqui uma prova de 2008, feito para o Tribunal de Justiça de Rondônia. A prova foi baixada pelo site da PCI Concursos. Depois eu subi para o Scribd. Para ver o documento, não é necessário dar download - no entanto, baixar o arquivo é liberado, caso ache que seja melhor.
Segue links:
PROVA
GABARITO
A prova tem algumas questões específicas sobre o estado de Rondônia, que julgo desnecessárias para o estudo, mas as questões de língua portuguesa e as específicas da profissão são muito boas.
Coloco aqui uma prova de 2008, feito para o Tribunal de Justiça de Rondônia. A prova foi baixada pelo site da PCI Concursos. Depois eu subi para o Scribd. Para ver o documento, não é necessário dar download - no entanto, baixar o arquivo é liberado, caso ache que seja melhor.
Segue links:
PROVA
GABARITO
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Escambo nos jornais
Completando meu raciocínio sobre a ética jornalística, neste post termino o tema abordado em meu TCC de Jornalismo Político.
Para concluir a ideia, escrevi sobre a veiculação de matérias em troca de 'presentes'. Na cidade de Guarujá, onde atuei por três anos, a troca de presentes se resume em veiculação de anúncios publicitários. Se você agrada este ou aquele político, o camarada lhe consegue alguns patrocinadores para o jornal. Se for de situação, o mais almejado é o anúncio da Prefeitura.
Receber pequenos presentes como agendas, livros ou outros sem grande valor de fontes ou políticos é até aceitável, como escreve Franklin Martins (2011, p. 39). Mas o jornalista deve desconfiar quando passa a receber presentes mais caros, ou favorecimentos que outros colegas de trabalho não tenham.
Heródoto e Paulo Rodholfo criticam severamente profissionais que agem por favor financeiro (2003, -.21). “Negue tratamento favorável a anunciantes publicitários e aos chamados interesses pessoais”. Nem mesmo se publica matéria em troca de publicidade.
Os autores são claros aos declarar que (2003, p. 25) “fere a ética o jornalista que deixa o patrocínio afetar o conteúdo e a apresentação da notícia”. Essa relação de trocas de favores, além de comprometer a credibilidade do veículo, faz com que o jornal passe a ideia de que o editorial está à venda.
Outro ponto abordado no meu trabalho é que o jornalista não deve ceder à tentação de veicular matérias em troca de poder. Ele tem o dever de zelar pela sua independência e atitude crítica, resistindo às pressões a publicar, ou deixar de publicar, matérias por oferta de dinheiro, emprego ou outras vantagens.
No texto de Gerson Luiz Martins , publicado no site Observatório da imprensa, o autor denomina de pseudojornalismo essa prática de “extorsão econômica” nas relações entre imprensa e políticos. E é categórico ao declarar que estes “panfletos” não têm qualquer credibilidade entre a população. Para o autor, esses veículos não devem servir de referência para o jornalismo.
A relação estreita entre jornal e político se torna um fenômeno que Gerson Luiz Martins denomina de cúmplice e refém. Os políticos são cúmplices dessas publicações porque as financiam. Por outro lado são reféns, pois estão sempre sujeitos a extorsões. Enquanto houver políticos dispostos a financiar esta práticas, elas tendem a aumentar.
Voltando a falar de Franklin Martins, o autor comenta que os manuais dos grandes jornais oferecem uma boa norma de conduta ética (2011, p.32) .
Primeiro, porque resumem boa parte da experiência dos jornalistas diante das tentativas de sedução e cooptação, descendo a casos concretos e dúvidas específicas. Assim, fornecem um bom ponto de partida para agir em várias situações nebulosas. Segundo, os manuais de conduta servem como ótima desculpa para recusar propostas ou convites ambíguos sem parecer indelicado.
O autor também comenta que a prática de o jornal veicular informações em trocas financeiras, traz prejuízos à imagem do veículo, ainda que não imediatamente. “Se a empresa jornalística, por interesses econômicos ou políticos, decidir segurar uma notícia em determinado momento, pior para ela: a médio prazo, estará trombando também com o público”, Franklin Martins (2011, p.34).
Uma alternativa para o fim desta relação seria o surgimento, ou crescimento, de escolas de jornalismo na região.
Para concluir a ideia, escrevi sobre a veiculação de matérias em troca de 'presentes'. Na cidade de Guarujá, onde atuei por três anos, a troca de presentes se resume em veiculação de anúncios publicitários. Se você agrada este ou aquele político, o camarada lhe consegue alguns patrocinadores para o jornal. Se for de situação, o mais almejado é o anúncio da Prefeitura.
Receber pequenos presentes como agendas, livros ou outros sem grande valor de fontes ou políticos é até aceitável, como escreve Franklin Martins (2011, p. 39). Mas o jornalista deve desconfiar quando passa a receber presentes mais caros, ou favorecimentos que outros colegas de trabalho não tenham.
Heródoto e Paulo Rodholfo criticam severamente profissionais que agem por favor financeiro (2003, -.21). “Negue tratamento favorável a anunciantes publicitários e aos chamados interesses pessoais”. Nem mesmo se publica matéria em troca de publicidade.
Os autores são claros aos declarar que (2003, p. 25) “fere a ética o jornalista que deixa o patrocínio afetar o conteúdo e a apresentação da notícia”. Essa relação de trocas de favores, além de comprometer a credibilidade do veículo, faz com que o jornal passe a ideia de que o editorial está à venda.
Outro ponto abordado no meu trabalho é que o jornalista não deve ceder à tentação de veicular matérias em troca de poder. Ele tem o dever de zelar pela sua independência e atitude crítica, resistindo às pressões a publicar, ou deixar de publicar, matérias por oferta de dinheiro, emprego ou outras vantagens.
No texto de Gerson Luiz Martins , publicado no site Observatório da imprensa, o autor denomina de pseudojornalismo essa prática de “extorsão econômica” nas relações entre imprensa e políticos. E é categórico ao declarar que estes “panfletos” não têm qualquer credibilidade entre a população. Para o autor, esses veículos não devem servir de referência para o jornalismo.
A relação estreita entre jornal e político se torna um fenômeno que Gerson Luiz Martins denomina de cúmplice e refém. Os políticos são cúmplices dessas publicações porque as financiam. Por outro lado são reféns, pois estão sempre sujeitos a extorsões. Enquanto houver políticos dispostos a financiar esta práticas, elas tendem a aumentar.
Voltando a falar de Franklin Martins, o autor comenta que os manuais dos grandes jornais oferecem uma boa norma de conduta ética (2011, p.32) .
Primeiro, porque resumem boa parte da experiência dos jornalistas diante das tentativas de sedução e cooptação, descendo a casos concretos e dúvidas específicas. Assim, fornecem um bom ponto de partida para agir em várias situações nebulosas. Segundo, os manuais de conduta servem como ótima desculpa para recusar propostas ou convites ambíguos sem parecer indelicado.
O autor também comenta que a prática de o jornal veicular informações em trocas financeiras, traz prejuízos à imagem do veículo, ainda que não imediatamente. “Se a empresa jornalística, por interesses econômicos ou políticos, decidir segurar uma notícia em determinado momento, pior para ela: a médio prazo, estará trombando também com o público”, Franklin Martins (2011, p.34).
Uma alternativa para o fim desta relação seria o surgimento, ou crescimento, de escolas de jornalismo na região.
O assunto ética é, praticamente, inesgotável, mas levando em consideração o meu trabalho de conclusão de curso, já escrevi tudo o que poderia escrever. Em algum momento futuro volto a abordar o tema. Agora vou procurar outros assuntos para abastecer o blog.
Espero que eu possa ter dado uma boa prévia sobre a ética no jornalismo.
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